A nova Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Torres vai entrar em operação este ano. Para verificar o andamento dos trabalhos estiveram visitando esta semana o canteiro de obras os diretores de Expansão da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), Sérgio Klein e de Operações, Jorge Accorsi, acompanhados do prefeito de Torres, José Batista Milanez. Resultado de um investimento da ordem de R$ 5 milhões, a nova ETE vai possibilitar a retomada da construção civil - uma das principais atividades econômicas do município - que está embargada pelo Ministério Público Federal devido às atuais carências do sistema de esgotos sanitários. A ETE em construção no Bairro Salinas é composta por duas lagoas, ocupa uma área de 18 hectares e vai utilizar um processo natural de tratamento a partir da ação dos ventos, sol, microorganismos e plantas, sem qualquer tipo de ação mecânica. Os esgotos sanitários que chegarem na ETE serão tratados durante 30 dias até o efluente ser devolvido com 95% de remoção da carga orgânica ao Rio Mampituba. Hoje os esgotos de Torres são tratados numa antiga ETE inaugurada na década de 60 que opera com capacidade máxima e remove 40% da carga orgânica. Ela será desativada quando a nova estação que vai tratar 216 litros por segundo entrar em operação. Enquanto seguem as obras que emprega 70 pessoas, quase na totalidade mão-de-obra local, a Corsan já estuda alternativas para o futuro dos esgotos de Torres. A nova ETE terá capacidade para tratar 50% da área urubana de Torres até o ano 2030, mas devido à falta de novas áreas para expansão do tratamento uma das alternativas é a parceria com o vizinho município catarinense de Passo de Torres. Segundo o diretor-presidente da Corsan, Vitor Bertini, essa obra não encerra o ciclo de melhoria das condições de esgotamento na cidade. Desde o primeiro dia de gestão a situação do esgoto no Rio Grande do Sul, particularmente no litoral, tem sido uma de nossas preocupações. Estaremos com a atenção sempre voltada para esse que é um serviço que incide diretamente na qualidade de vida da nossa sociedade, diz o presidente da Corsan.