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Vacina contra HPV será aplicada em pessoas que tomam medicamento para profilaxia ao HIV

Medida vale para pessoas de 15 a 45 anos que fazem uso da chamada PrEP

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Saúde ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma mulher com um estetoscópio pendurado no pescoço e atrás dela, à esquerda e à direita, dois contornos representando pessoas com estetoscópio pendurado em volta do pescoço. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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Pessoas de 15 a 45 anos que fazem uso do medicamento para a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passarão a receber a vacina contra o HPV - papilomavírus humano. A imunização deve começar logo que os municípios estiverem organizados para realizar a aplicação.  

A orientação sobre a ampliação da vacina do HPV para esse público foi encaminhada, nesta semana, pela Secretaria da Saúde (SES) aos municípios gaúchos. A medida segue nota técnica do Ministério da Saúde (MS) e tem por objetivo auxiliar na prevenção e no tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pelo HPV. Cada município vai organizar a própria vacinação a partir das doses que já possui. Se for necessário, conforme o número de usuários de PrEP dentro da faixa etária prevista na nota técnica, a cidade pode requerer mais vacinas à SES.

De acordo com a técnica da Política de HIV/Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) da SES, Aline Sortica, no Rio Grande do Sul são em torno de 3.470 pessoas que fazem uso da profilaxia e estão na faixa prevista (15 a 45 anos). Esse grupo é formado na maioria por homens que fazem sexo com homens, mulheres trans e travestis, trabalhadores do sexo, incluindo também homens cisgênero heterossexuais e mulheres cisgênero. "A incorporação da vacinação de HPV é muito relevante, já que os usuários de PrEP são pessoas sexualmente ativas que apresentam um risco aumentado não apenas para o HIV, mas para outras IST e para o HPV ", avaliou Aline.  

A PrEP é uma importante estratégia de prevenção. Porém, protege apenas para a transmissão do HIV, sendo recomendada a associação de outros métodos de prevenção, como o preservativo e a vacinação de hepatite B, e agora vacinação contra o papilomavírus humano (HPV).  

Um dos principais sintomas do HPV é o aparecimento de verrugas nos órgãos genitais. A infecção pode levar ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva, pênis, ânus e orofaringe. O vírus pode ser adquirido por transmissão sexual, ou por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Existem mais de 100 tipos, sendo pelo menos 14 cancerígenos, conhecidos como de alto risco. A vacinação deste grupo é uma das formas de prevenir a infecção pelo HIV, em caso de exposição ao vírus.  No entanto, é importante ressaltar que a profilaxia pré-exposição não impede a infecção por outras ISTs. O imunizante quadrivalente (HPV4), ofertado pelo SUS, protege contra as principais complicações da doença.  

O medicamento PrEP é indicado para pessoas a partir dos 15 anos, sexualmente ativas e que apresentam risco aumentado para aquisição da infecção pelo HIV. Pode ser prescrita por enfermeiros, farmacêuticos e médicos da atenção primária à saúde ou dos serviços especializados.

Imunização HPV

Até a incorporação do grupo de usuários de PrEP, o público-alvo era composto apenas por crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, no esquema de dose única. Pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids, pacientes oncológicos, pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR) e transplantados com três doses e pessoas de 15 a 45 anos imunocompetentes vítimas de violência sexual.  

O esquema de dose única para crianças e adolescentes imunocompetentes foi adotado recentemente pelo Ministério da Saúde. A ideia é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. A estratégia segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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