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Câmara Setorial de Ovinocultura sugere criação de programa estadual para enfrentar desafios do setor

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Uma das definições da câmara foi a instalação de um grupo técnico para discutir questões sanitárias - Foto: Nilton Flores / Divulgação Seapdr

Estabelecer um programa estadual para a criação de ovinos, com estratégias de curto, médio e longo prazos, foi a principal reivindicação dos setores que participaram da reunião da Câmara Setorial da Ovinocultura, nesta terça-feira (30/7), na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em Porto Alegre.

Além do programa estadual, outra reivindicação apresentada é a renovação do Selo Cordeiro Gaúcho como certificação de qualidade para agregar valor ao produto.

Uma das definições da câmara foi a instalação de um grupo técnico para discutir questões sanitárias. O grupo vai ser formado pelos integrantes do Programa Estadual de Sanidade Ovina (Proeso), que tem como objetivo controlar, erradicar e prevenir doenças que possam comprometer o rebanho ovino estadual, como sarna ovina, piolheira ovina e brucelose ovina.

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Entre 2014 e 2018, houve redução de mais de 900 mil cabeças de ovinos no Estado - Foto: Fernando Dias / Divulgação Seapdr

Há uma série de desafios para o setor. Além da redução no rebanho gaúcho, que conta com cerca de 3,2 milhões de animais, foi registrada queda do abate oficial no Estado e aumento do abate interestadual, com animais abatidos em outros Estados. As regiões com maiores populações de ovinos são a Fronteira Oeste e Serra do Sudeste.

Baixo consumo

Um dos desafios para a cadeia foi apresentado durante relato do encontro Ovinocultura em Debate, ocorrido em Bagé e organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e Embrapa Pecuária Sul. Pelas estatísticas apresentadas pela maestra churrasqueira Beth Schreiner em Bagé, 12% da população brasileira nunca experimentou a carne ovina. O consumo de carne de ovelha por habitante/ano é de 400 a 700 gramas/ano, contra 38kg habitante/ano em países como Austrália e Nova Zelândia. E a carne de ovelha tem vantagens a serem exploradas: constância na oferta e na qualidade, baixo teor de gordura e preço estável.

Novos coordenadores

Durante a reunião, foram eleitos os novos coordenadores da Câmara Setorial. A coordenação será feita pelo produtor rural André Camozzato, da Pensando Cordeiros e da comissão de ovinos da Farsul, e a vice-coordenação terá Edison Ferreira, da Cooperativa de Lãs Mauá, de Jaguarão.

O diretor do Departamento de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural, Ivan Bonetti, destacou a importância das Câmaras Setoriais. “Funcionam como um balizamento, uma diretriz para a política pública desenvolvida pela Secretaria da Agricultura”, afirmou.

Durante a Expointer, irá ocorrer uma reunião da Câmara Nacional de Caprinos e Ovinos organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Será no dia 29 de agosto, às 14h, no Auditório da Administração do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Entidades participantes da reunião da Câmara Setorial da Ovinocultura

LanoBrasil, Alaska Indústria e Comércio de Lãs, Farsul, Sicadergs, Paramount, Fetag, Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal), Agas, Barraca Missões, Arco, ABCI (Associação Brasileira de Criadores de Ideal), Emater, Embrapa Pecuária Sul, Mapa, Febrocarne, Comlan (Cooperativa de Lãs Mauá) e técnicos e pesquisadores da Seapdr.

Texto: Ascom Seapdr
Edição: Secom

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