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Cuidar da água: um desafio de todos nós

Fabiano Pereira

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Por Fabiano Pereira

O Dia Mundial da Água, celebrado dia 22 de março, nos chama a refletir: como temos cuidado deste bem fundamental para a vida? De pequenas atitudes no cotidiano a complexas ações governamentais, todos os esforços são válidos para combater o desperdício e a poluição, preservando a água e seus ciclos. Esta é uma obrigação de todos nós com a atual e as próximas gerações.

Os governos têm duas grandes tarefas: garantir o tratamento e o abastecimento de água e a coleta e o tratamento do esgoto sanitário. No Rio Grande do Sul, 84% da população conta com sistemas de abastecimento, estes com tratamento e controle constante de qualidade da água. É preciso ampliar esses sistemas nas áreas rurais e periféricas, proporcionando mais qualidade de vida e, principalmente, mais saúde. Um exemplo disso, é que nos municípios onde há sistema de abastecimento o índice de contaminação da água cai para cerca de 2%, enquanto nos locais onde é utilizado o abastecimento individual, como água de poço ou vertentes, o índice ultrapassa 44%, elevando a incidência de doenças como hepatite A e diarreias agudas.

Através da Corsan, o governo do Estado está investindo mais de R$ 260 milhões no abastecimento. Nas zonas rurais, onde a Companhia não tem outorga do serviço, trabalhamos em parceria com as prefeituras para a perfuração de poços artesianos e construção de redes.

A segurança hídrica é outra preocupação na área do abastecimento. Além de barragens e reservatórios, é preciso pensar na preservação das fontes de água, conforme indicado esta semana durante o 8° Fórum Mundial da Água. O Plano Estadual de Saneamento, que está sendo elaborado com coordenação da Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação, deverá contemplar estas questões, estabelecendo-se como marco regulatório na política de saneamento no Estado.

Como a água é uma só (a água dos rios que recebem resíduos é a água que bebemos), é na coleta e no tratamento do esgoto que está nosso maior desafio. A Corsan tem investido cerca de R$ 700 milhões na área e está construindo a PPP para a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Através dela, em 11 anos aumentaremos o índice de coleta e tratamento para 87,4% em nove municípios que, juntos, somam 1,5 milhão de habitantes. Serão R$ 1,8 bilhão de investimento privado, oportunizando que a Companhia utilize o recurso economizado na RMPA para investir nas demais regiões do estado. O desafio de cuidar da água é grande, mas é possível e inadiável.

Secretário de Obras, Saneamento e Habitação

Publicado originalmente no Jornal O Correio do Povo em 22/3/18

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