Governador expressa solidariedade à comunidade judaica contra atos antissemitas
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Os atos de hostilidade contra a comunidade judaica no Sul do Estado foi o principal assunto tratado entre o governador José Ivo Sartori e o cônsul-geral de Israel, Dori Goren, nesta quinta-feira (24), no Palácio Piratini. Na oportunidade, os dois dialogaram sobre o aprofundamento das investigações sobre ações antissemitas no Rio Grande do Sul.
Na última quinta-feira (17), vândalos atearam fogo na porta de uma sinagoga em Pelotas, danificando a fachada e áreas internas do templo. Em seis meses, foram registradas quatro ocorrências de ataques à edificação, com pichações em paredes. A representação judaica avalia o episódio como um ato de ódio.
O governador determinou que o crime seja apurado pelas autoridades de segurança e as investigações identifiquem os responsáveis. Uma representação será enviada para reunir-se com a comunidade judaica pelotense nas próximas semanas.
Para Doren, ao contrário de movimentos radicais europeus, a sequência de atentados no RS pode estimular o início de ações antissemitas, o que deve ser evitado. "Pedimos o aumento de medidas de segurança ao governador. Com a cooperação do povo gaúcho, buscamos interromper um eventual ciclo de ódio ou ameaça à comunidade judaica", alertou.
A investigação já foi encaminhada pela Polícia Civil na mesma semana do ato e está sendo aprofundada, conforme garante o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer. Ainda sob sigilo, a apuração para identificar os responsáveis está em curso. Ele também recomendou ao templo o uso de câmeras de monitoramento.
Participaram da reunião o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Zalmir Swartzman, o vice-presidente, Albert Pozyomic, o presidente do Conselho Geral de Entidades da Federação Israelita, Henry Chmelnistky, e o secretário Extraordinário de Assessoramento Superior do Gabinete do Governador, Idenir Cecchim.
Texto: Rodrigo Vizzotto
Edição: Gonçalo Valduga/Secom