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Operação Luz na Infância 2 combate crimes de exploração sexual infanto-juvenil

Essa foi a maior ação integrada de polícia judiciária já realizada no Brasil e a maior ação do gênero realizada em um único dia

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Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 23 cidades do Rio Grande do Sul
Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 23 cidades do Rio Grande do Sul - Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil (PC), por meio dos departamentos Estadual da Criança e do Adolescente e de Investigações Criminais, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), deflagrou, no início da manhã desta quinta-feira (17), uma ação integrada denominada Operação Luz na Infância 2, com o objetivo de apurar crimes de exploração sexual contra crianças. Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 23 cidades do Rio Grande do Sul. Aproximadamente 200 policiais civis participaram da operação.

Além de 21 pessoas presas, também foi identificada uma criança com material com conteúdo de exploração sexual infanto-juvenil. Foram oito prisões em Porto Alegre, duas em Santa Maria, duas em Cachoeirinha e duas em Novo Hamburgo, além de detenções também em Alvorada, Pelotas, Panambi, Taquara, Canoas, Sapucaia, São Leopoldo e Viamão.

Foram apreendidos diversos computadores, notebooks, HDs externos, pen drives e outros dispositivos de armazenamento que continham material referente a crimes de abuso e exploração sexual infanto-juvenil, além de armas, munições e drogas.

Os alvos da Operação Luz na Infância 2 foram identificados a partir de levantamento de informações pela Senasp e pela Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil. Com base em informações e evidências coletadas em ambientes virtuais, a Polícia Civil, por meio da Delegacia para a Criança e Adolescente Vítima (DPCAV/Deca), instaurou inquéritos policiais e representou buscas e apreensões junto ao Poder Judiciário, visando a apreender computadores e dispositivos que poderiam armazenar conteúdos de pedofilia, e, a partir da constatação do crime, indiciar e prender os criminosos.

As investigações vinham sendo feitas há seis meses e são resultado do aprimoramento do trabalho de inteligência de segurança pública e atuação em modelo de força-tarefa, que reúnem em um mesmo ambiente de trabalho policiais com expertise e capacitação na repressão aos crimes virtuais e de pedofilia, um cenário ideal para coletar e preservar evidências criminosas, garantindo identificação e posterior condenação dos criminosos pela Justiça.

O presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), delegado Emerson Wendt, destacou que essa foi a maior "operação de investigação de pedofilia e combate aos crimes contra dignidade sexual de crianças e adolescentes no Brasil, especialmente porque usa a tecnologia e integração de informações".

A pedofilia é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença de transtorno da preferência sexual. Pedófilos normalmente são pessoas adultas que têm preferência sexual por crianças pré-púberes ou no início da puberdade. O complexo ambiente da internet e a ausência de fronteiras no mundo virtual são elementos que propiciam terreno fértil à atuação de criminosos.

A operação foi intitulada Luz na Infância por serem bárbaros e nefastos os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. “Luz na Infância significa propiciar às crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual o resgate da dignidade, bem como, tirar criminosos da escuridão, para que sejam julgados à luz da Justiça”, disse a diretora do Deca, delegada Adriana Regina da Costa.

Texto: Ascom PC
Edição: Sílvia Lago/Secom

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