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Secretaria da Agricultura orienta para controle de raiva herbívora

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Doença é causada por um vírus transmitido por morcegos hematófagos - Foto: Divulgação / Seapdr

Dezesseis focos de raiva herbívora foram registrados no Estado até 8 de abril, sendo 12 no primeiro trimestre. Técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) acompanham a situação na região de Soledade, onde há registro de quatro focos. A incidência da doença, que é causada por um vírus transmitido por morcegos, abrange nove municípios. Em São Valentim, Muçum, Ibirapuitã, Tio Hugo e Mormaço, mais de 60 animais morreram em 12 propriedades.

Em 2018, o Rio Grande do Sul contabilizou 34 focos de raiva em 24 municípios. No primeiro trimestre, houve sete casos. Os técnicos consideram o aumento verificado agora dentro do esperado, pois a circulação de animais portadores da doença é permanente. As causas da elevação podem ser várias, entre elas fatores que causam desequilíbrios ambientais, como alagamentos, desmatamentos e queimadas.

As ocorrências estão dentro da normalidade dos registros históricos observados no Estado nos últimos 10 anos. O último caso de raiva humana registrado ocorreu há 37 anos. A Seapdr é responsável pelo controle populacional de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), autorizada por instrução normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de 2006.

Controle

O controle da raiva herbívora está fundamentado em três medidas, que devem ser adotadas de forma sistemática: vacinação, controle populacional do morcego hematófago Desmodus rotundus (principal transmissor da enfermidade) e atuação em focos. “Se pecuaristas constatarem marcas de mordidas em animais, nossa orientação é que eles procurem o serviço de vigilância em saúde municipal e comuniquem a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima”, afirma o secretário Covatti Filho.

A partir de uma comunicação ao serviço oficial, registrando a ocorrência de agressões de morcegos e a presença de animais com sintomatologia nervosa, desencadeia-se uma série de ações para elaboração do diagnóstico situacional, baseando-se na leitura de mordeduras.

Confirmado laboratorialmente o foco de raiva, trabalha-se no sentido de fora para dentro do foco (centrípeta), numa distância de 10 a 15 quilômetros seguindo-se cursos d’água e cadeias de montanhas, a fim de determinar a progressão do foco. Nesta área, por meio da leitura de mordeduras, determina-se a taxa de agressão e são estabelecidas uma série de atividades para conter o foco e interromper sua progressão: vacinação massiva dos animais, revisão de todos os refúgios cadastrados, localização de novos refúgios, captura e combate de morcegos hematófagos, coleta de materiais (cérebros) e de espécimes de morcegos para diagnóstico laboratorial, além de promover educação sanitária por meio de reuniões, palestras, rádio, folders, cartazes etc.

O analista ambiental André Witt, da Seapdr, orienta os proprietários que tiveram contato com o animal doente, num perímetro de 10 quilômetros (delimitado como área do foco), a procurarem a vigilância em saúde do seu município para avaliação do quadro. A vacina contra a raiva em humanos é gratuita e está disponível nos postos de saúde.

Casos registrados no 1º trimestre de 2019
Janeiro – Forquetinha (2)
Fevereiro – Santo Antônio da Patrulha (1)
Março – Canudos do Vale (1), Ivoti (2), Salto do Jacuí (1), Santa Clara do Sul (1), Vale do Sol (1) e Venâncio Aires (3)

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Quatro focos foram registrados na região de Soledade - Foto: Divulgação / Seapdr

Orientações
Caso sejam constatadas marcas de mordidas em animais, os produtores devem procurar a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima. Veja endereços aqui.

Texto: Ascom Seapdr
Edição: Secom

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