Centro Cultural CEEE apresenta mostra de Danúbio Gonçalves
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O Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) apresenta a exposição de pinturas em acrílico sobre tela Balonismo 2, do artista plástico gaúcho Danúbio Gonçalves. A abertura da mostra ocorre nesta quinta-feira (17), no 20º Festival de Balonismo de Torres e poderá ser visitada na tenda do Parque Odilo Webber Rodrigues até dia 21. De 23 deste mês a 18 de maio, estará na Sala O Arquipélago do CCCEV, em Porto Alegre. O projeto tem patrocínio do Grupo CEEE, apoio da prefeitura de Torres e produção da Lahtu Sensu Administração Cultural. Danúbio Gonçalves participa dos festivais de balonismo de Torres desde 1997, produzindo trabalhos sobre o tema. O resultado pode ser conferido nas mostras que reúnem 15 telas e incluem a Série Balonismo de 1997 (5 obras, tamanhos 90x70cm/ 70x70cm e 70x80cm) e a Série Balonismo II de 2007 (10 obras de 80x80cm). A importância da obra de Danúbio Gonçalves vem sendo destacada em eventos, tal como o Caixa Resgatando a Memória (1996 e 97). Seu currículo inclui cerca de 50 exposições individuais, uma centena de coletivas e mais de uma dezena de premiações, além de importantes participações em salões e bienais nacionais e internacionais. A obra do artista está presente em inúmeras coleções particulares e em acervos referenciais como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre/ RS; Pinacoteca Pública Aplub, Porto Alegre, RS; Museu Nacional de Belas Artes, RJ; Pinacoteca Municipal de São Paulo, SP; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, SP e no Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP, entre outros. Tem obras públicas na cidade de Porto Alegre, como o mural da passagem da Terceira Perimetral no trecho da Av. Carlos Gomes com Protásio Alves e, mais recentemente, trabalha no grande mural que comporá a Estação Mercado do Trensurb em Porto Alegre. O artista Danúbio Gonçalves (1925) é natural de Bagé. Com apenas dez anos de idade, foi para o Rio de Janeiro e ali permaneceu durante 14 anos. Estudou com Cândido Portinari (1943) e na Fundação Getúlio Vargas. Fez cursos de gravura em metal com Carlos Oswald e xilogravura com Axl Leskoschek, importantes gravadores residentes no Rio de Janeiro. Desenhou modelo vivo com artistas como Iberê Camargo e Athos Balcão, sob orientação de Portinari. Freqüentou o atelier do paisagista e pintor Roberto Burle Marx e do escultor August Zamoyski além de ter estudado na Sociedade Brasileira de Belas Artes. No seu retorno a Bagé, conheceu Glauco Rodrigues e Enio Bianchetti, jovens artistas na época, fundando o Grupo de Bagé. Em 1950 viajou a Paris onde fez contato com Carlos Scliar e Iberê Camargo, reeencontrou-se com Portinari e realizou estudos na Academie Julian. Retornou ao Brasil em 1951 e , em Porto Alegre, participou do Clube Amigos da Gravura, fundado por Scliar e Vasco Prado. Até 1969, quando inicia sua carreira acadêmica, Danúbio dedica-se ao mosaico, assinando obras em painéis na Igreja de São Roque - em Bento Gonçalves, na serra gaúcha – no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, junto ao túmulo do padre Reus – em São Leopoldo, na Região Metropolitana – e na igreja de São Sebastião, em Porto Alegre. Foi professor de gravura do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio de Grande do Sul e diretor do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Entre 70 e 78, fez várias palestras e cursos de xilogravura, litografia, desenho e pintura no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Em 1992 recebeu o Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores. No mesmo ano, ilustra Perótica, portfólio com poesias de Luís Coronel (Pallotti, Porto Alegre/RS); em 1995, publica do Conteúdo à Pós-Vanguarda, editado pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, e em 1996, a obra Processos Básicos da Pintura (Age, Porto Alegre RS).