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Governador e presidente da República debatem plano de reconstrução para o RS

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Foto da entrevista coletiva, na qual Leite e Lula aparecem sentados junto a uma mesa. Eles olham um para o outro e se dão as mãos. Lira, à esquerda, e Pacheco, à direita, aplaudem. Ao fundo, há uma apresentação de slide na qual está escrita "Maior catástrofe climática do RS".
Após sobrevoarem áreas alagadas em Canoas e Porto Alegre, Leite e o presidente se reuniram com secretários estaduais e ministros - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Na manhã deste domingo (5/5), o governador Eduardo Leite recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atualização sobre a situação das inundações no Rio Grande do Sul. Acompanhados por uma comitiva do governo federal, eles sobrevoaram áreas alagadas em Canoas e Porto Alegre.

Leite se encontrou com o presidente na Base Aérea de Canoas, de onde decolaram para fazer o sobrevoo da cidade e, posteriormente, das áreas afetadas na capital do Estado. Após o sobrevoo, a comitiva se dirigiu para o 3º Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG), base de operações do governo federal em Porto Alegre, para uma reunião com secretários e ministros, seguida de uma apresentação da situação atual.

Após a reunião, que foi realizada sem a presença da imprensa, Leite e Lula concederam um entrevista coletiva. O governador atualizou os dados e apresentou a situação nas diversas cidades atingidas pelas enchentes. Ele também ressaltou a necessidade de se repensar os processos para liberação de recursos em emergências como a que está sendo vivida pelo RS e de um plano de reconstrução.

“Temos um cenário de guerra e, portanto, precisamos de medidas que correspondam à situação. Precisamos de um plano de reconstrução, que vai exigir uma autoridade para a emergência climática, e teremos que atuar em duas frentes: uma que envolve Assistência, restabelecimento e reconstrução, e a outra que está relacionada a Prevenção e resiliência climática, para atuarmos com a devida urgência”, explicou.

Foto em primeiro plano de Leite falando ao microfone e gesticulando com a mão.
Após a reunião com o presidente, Leite apresentou pontos do plano de reconstrução e citou os desafios que o RS tem pela frente - Foto: Maurício Tonetto/Secom
O primeiro eixo, de Assistência, restabelecimento e reconstrução, abrange ações para oferecer apoio à população afetada, como: benefícios e abrigos temporários; suporte na infraestrutura municipal e reconstrução das cidades; apoio aos negócios locais e à produção agropecuária; e medidas ambientais para recuperar ecossistemas degradados.

No eixo de Prevenção e resiliência climática, o governo do Estado colaborará com os municípios para desenvolverem planos de prevenção, contingência e resiliência. Outra medida será a organização de um Centro de Operações Integradas, responsável por fornecer e analisar dados, buscar equipamentos e tecnologias, emitir alertas e capacitar profissionais.

O presidente Lula afirmou que trouxe representantes de todos os poderes para que pudessem acompanhar e sentir de perto a situação do Estado. "Eu coloquei meu time de ministros à disposição. Chamei também os representantes dos outros poderes. Era necessário ver de perto, como estamos fazendo aqui, para compreender a escala do que aconteceu aqui e ajudar a população do Rio Grande do Sul", disse.

O governador também relembrou das tragédias que atingiram o Rio Grande do Sul no último ano. O Estado sofreu com dez eventos meteorológicos adversos desde o que ocorreu em Caraá e Maquiné, em junho de 2023, afetando as regiões Central, Metropolitana, dos Vales e da Serra.

Desafios

Leite também citou os principais desafios que o Estado enfrentará no processo de reconstrução das cidades: restrições financeiras, regras fiscais que limitam a destinação de recursos, burocracia que torna os processos de contratação mais lentos e disponibilidade de quadros técnicos para implementar as ações projetadas.

Texto: Thales Moreira/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

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