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Leite participa do anúncio da construção da primeira usina de etanol em grande escala do RS

Empresa Be8 investirá R$ 556 milhões em sua nova fábrica em Passo Fundo

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A nova fábrica, cuja construção foi oficializada nesta sexta (4), deve ser concluída até 2025 - Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governador Eduardo Leite esteve em Passo Fundo, nesta sexta-feira (4/8), para participar da celebração de anúncio da construção da primeira usina de etanol em grande escala do Rio Grande do Sul. O vice-presidente Geraldo Alckmin e uma comitiva do governo federal também estiveram presentes no evento.

Durante a cerimônia, a empresa Be8 oficializou com a prefeitura de Passo Fundo o termo de compromisso de construção de uma planta industrial para produção do biocombustível. Com investimento de R$ 556 milhões, a nova fábrica deve ser concluída até 2025.

Imagem mostra o governador Eduardo Leite ao centro, acompanhado do representante da empresa e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, à esquerda dele um pouco mais atrás. Há também outras seis pessoas atrás acompanhando os três. Eles caminham pelas instalações industriais da empresa onde ocorreu o anúncio da construção da maior usina de Etanol do Rio Grande do Sul.
Antes da solenidade, as autoridades conheceram as instalações da Be8 - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Antes da solenidade, as autoridades conheceram as instalações da Be8, antiga Bsbios. Durante o percurso, Leite visitou um laboratório e conheceu os tipos de biocombustíveis que serão produzidos a partir de grãos de culturas de inverno como milho, trigo, triticale, arroz e sorgo.

A capacidade de produção da nova usina será de 220 milhões de litros por ano. Hoje, o Rio Grande do Sul produz menos de 1% da demanda interna, que é de cerca de 1 bilhão de litros por ano.

O governador disse que, além de alavancar a capacidade de produção e de suprimento da demanda de etanol do Estado, o novo empreendimento impactará positivamente o setor agrícola. “Ao produzir aqui o etanol, aumentaremos a demanda pelas culturas de inverno. Só com essa indústria, vamos sair de 1% da capacidade de produção para o consumo interno para cerca de 24% até 2027. Isso também demandará mais da produção primária com as culturas de inverno, gerando renda no campo e na cidade”, projetou.

O novo empreendimento criará quase 150 empregos diretos e mais de mil indiretos. No ano passado, o governo do Estado já havia firmado um protocolo de intenções incluindo o projeto da usina de Passo Fundo no programa Pró-Etanol, concebido para alavancar a produção do biocombustível no Rio Grande do Sul.

Na quinta-feira (3/8), o governador assinou um decreto que regulamenta a possibilidade de crédito presumido para os produtores de etanol em um patamar de 48% do ICMS devido. Leite disse que a política de incentivos faz parte do papel do Estado para aumentar a competitividade.

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“É papel do governo fazer com que a vocação empreendedora do nosso povo se transforme em resultados econômicos”, disse Leite - Foto: Maurício Tonetto/Secom

“Esse empreendimento tem também um impacto imensurável que é o do exemplo empreendedor. E é papel do governo do Estado fazer com que a vocação empreendedora do nosso povo se transforme em resultados econômicos, dando mais condições de competitividade e criando um ambiente favorável. É o que estamos fazendo com a política de incentivos e já temos a expectativa de instalação de outras seis indústrias deste mesmo porte”, revelou.

A produção de biocombustível está alinhada com a agenda climática da descarbonização, que é uma pauta assumida pelo governo do Estado. O vice-presidente Geraldo Alckmin também valorizou o aspecto sustentável da indústria de etanol.

“O Brasil tem compromisso com o combate às mudanças climáticas e com a descarbonização. A transição energética é uma oportunidade que vai atrair investimentos, e aqui temos um exemplo disso. Essa é a nova industrialização e vem ao encontro da política de combate às mudanças climáticas”, destacou Alckmin.

A fábrica ainda oferecerá ao mercado 155 milhões de toneladas anuais de farelo oriundo da produção do etanol. Obtido imediatamente após o processo fermentativo, o farelo é coproduto com grande potencial de utilização para produção de rações animais.

O presidente da Be8, Erasmo Battistella, ressaltou o apoio que o governo do Estado vem dedicando ao setor de biocombustíveis. “O governador tem sido um grande parceiro do setor, com sensibilidade para melhorar os incentivos fiscais, devolvendo a competitividade que estávamos perdendo”, avaliou.

Battistella anunciou que outro produto da nova fábrica será o glúten vital, obtido a partir da farinha de trigo, que hoje é importado pelo Brasil. Leite reforçou que esse projeto também terá apoio do governo do Estado.

Texto: Thamiris Mondin/Secom
Edição: Vitor Necchi/Secom

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