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A economia da inspiração

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Por Eduardo Leite

Nosso Estado tem sido muito falado em função dos nossos problemas, da crise com a qual convivemos e das dificuldades administradas dia a dia. Porém, vale ressaltar, são impasses e limitações do governo, não do Rio Grande do Sul. É o setor público quem patina, e endereçamos ações para reverter os constrangimentos financeiros e diminuir o peso da inércia estatal. Ao largo das nossas dificuldades, no entanto, nossa sociedade exibe força e vibração, com uma economia dinâmica e ousada. Somos um povo talentoso e empreendedor, que sabe trabalhar e não se acanha diante do seu valor.

A Expointer é aquele momento especial do ano, em que nos reunimos em um único espaço, num pedaço de chão da nossa querida Esteio. Agrupamos, ali, todo este valor e esta potência do Rio Grande do Sul, para nos lembrarmos do vigor da nossa economia. São dias para celebrar o talento e a capacidade do povo gaúcho, mas não apenas na produção agrícola e na pecuária. A Expointer vai além. Simboliza, também, nossa energia para a inovação, comprovada a partir das realizações da indústria de máquinas e implementos. É tecnologia de ponta, gerada aqui e que se acopla ao setor, alimentando ganhos sucessivos de produtividade

A lida do homem no campo não é fácil. É uma atividade que se submete aos humores da economia e ao imponderável do clima. Se as condições climáticas não colaboram, todo o esforço de produção pode não se confirmar. Mas mesmo assim, ano após ano, os produtores levam adiante seus cultivos e criações, sendo recompensados por ganhos de eficiência, determinados por investimentos às vezes difíceis de concretizar. São, sem dúvida, façanhas, não do governador ou do governo, mas da nossa população. Eles semeiam exemplos.

Nós, gestores públicos desafiados pela necessidade de encontrar soluções em meio à falta de recursos, temos muito o que aprender com o universo da produção primária. Porque também convivemos com dificuldades imprevisíveis; porque também devemos encontrar o solo fértil onde depositar nossas iniciativas; porque também dependemos de criatividade e paciência. Por mais que o ambiente não pareça promissor, precisamos acreditar, exatamente como fazem as mulheres e os homens do campo.

Embora a nossa atual estratégia de desenvolvimento esteja ancorada no incentivo a setores inovadores, não abdicamos do apoio aos tradicionais, que dão solidez e personalidade à nossa matriz econômica. Responsável por 40% do Produto Interno Bruto (PIB), a cadeia completa da agropecuária tem sido um motor permanente, com reflexos positivos tanto no campo, quanto na cidade. Neste aspecto, a Expointer é um palco para admirar as impressionantes conquistas econômicas do setor.

Nosso governo não descuida do campo. Concentramos, em torno da nova pasta de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, nossos esforços e políticas para o setor primário, que antes estavam dispersos. A fusão na nova secretaria não significou a diminuição da importância do tema, muito pelo contrário. A unificação vai nos levar, certamente, à melhoria das políticas para incentivar a produção de todo tipo e porte, pois teremos uma visão integrada das necessidades e uma capacidade ampliada de produzir respostas concentradas.

A realidade do setor primário gaúcho mostra que precisamos desenvolver a sensibilidade para atender produtores de todos os portes. Precisamos respeitar a base de produção com o perfil familiar e criar as condições para que as operações de porte empresarial também encontrem, aqui, o terreno fértil para prosperar. Paralelamente, reconhecer as peculiaridades da atuação cooperativada, característica da economia gaúcha que demanda ações específicas. Inspirados pela Expointer, seguimos acreditando no amanhã, como todo produtor acredita na força que vem da terra.

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