A direção do Estaleiro Aker Promar S/A confirmou hoje (23) ao governador Germano Rigotto, no Palácio Piratini, a realização de um investimento de US$ 100 milhões na implantação, no Porto de Rio Grande, do maior estaleiro do Hemisfério Sul para construção de navios de grande porte, chamados Panamax - até 350 metros - e plataformas de exploração petrolífera. Serão gerados 5 mil empregos diretos e mais 20 mil indiretos. Em setembro próximo o estaleiro deverá começar os trabalhos de reparos e reformas. As operações completas estão previstas para o final de 2005, em uma área de 30 hectares.

Novo segmento

O governador Germano Rigotto destacou que a vinda do Estaleiro Acker, que é controlado pelo grupo norueguês Aker Yards, trará uma nova perspectiva para a Metade Sul do Estado. A consolidação desse projeto trará grandes efeitos positivos na geração de empregos e permitirá que o Estado melhore os seus índices de crescimento econômico. Além disso, vai ser aberto um novo segmento industrial no Rio Grande do Sul: o da indústria naval. Esse investimento fará girar a roda da cadeia metal mecânica gaúcha, analisou Rigotto.

Entre os motivos da vinda do empreendimento para o Rio Grande do Sul, o presidente do Estaleiro Aker Promar S/A, Paulo Haddad, citou a localização do porto, o seu calado e a qualidade da mão-de-obra gaúcha. A decisão do investimento foi motivada pelo orçamento da Petrobras para investimentos nas áreas de petróleo e gás nos próximos 7 anos: US$ 33 bilhões, dos quais US$ 27 bilhões em navios e plataformas. A nossa meta é a conquista de 30% deste mercado, afirmou Haddad.

Para o governador, a dinâmica a ser proporcionada pelo estaleiro em atividade irá ampliar a arrecadação que é fundamental para o enfrentamento das dificuldades financeiras do Estado. Ele agradeceu ao grupo Aker pela confiança dos investidores no Rio Grande do Sul, demonstradas nas negociações com o Governo do Estado e também pela clareza e agilidade de todo o processo. Esse empreendimento irá colaborar significativamente para o enfrentamento das desigualdades regionais, disse Rigotto.