Andres comemora retomada de pesquisa para descobrir novas reservas de carvão mineral
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O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, comemorou o anúncio, durante o 1º Fórum Internacional do Carvão Mineral, de que o governo federal voltará a realizar pesquisas para identificar novas reservas de carvão no Brasil. O ministro Silas Rondeau determinou que, assim como estamos reinventariando todas as bacias hidrográficas nacionais, que sejam feitos estudos para encontrar carvão mineral no País, afirmou o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Segundo ele, levantamentos preliminares mostram que os estados do Pará e do Maranhão possuem carvão mineral. A região Norte é a que pode contar com o maior número de reservas de carvão ainda a serem descobertas. Esta é uma grande notícia para o Brasil. Nós, aqui do Rio Grande do Sul, torcemos para que sejam encontradas reservas em outros lugares do país. Imagine se São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais tiverem carvão. Certamente teremos mais força para melhor aproveitar este combustível genuinamente brasileiro na matriz energética nacional, salientou Andres. O diretor do Siesec (Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina), Fernando Luiz Zancan, acrescentou que, nos últimos 50 anos, as reservas de carvão no mundo aumentaram 22%. Cada vez que se procura, encontra-se carvão no mundo, disse ele. Zancan sugeriu a exploração do carvão siderúrgico existente no litoral gaúcho, em Santa Terezinha, como forma de atender a crescente demanda do País. Até 2010, o Brasil passará a consumir 26 milhões de toneladas/ano de carvão siderúrgico, exatamente o dobro do que é utilizado hoje, informou. De acordo com ele, o potencial da mina de Santa Terezinha é de 4,2 toneladas/ano. Zimmermann ressaltou que a combinação carvão mais hidroeletricidade é muito boa. O carvão certamente ganhará seu espaço na matriz energética brasileira não só por desejo nosso, mas também por necessidade, garantiu. Conforme ele, o Brasil precisará de um incremento ao redor de 6 mil megawatts (MW) de energia entre os anos de 2010 e 2015. Isso é meia Itaupu. Conseguiremos cumprir esta cota somente se investirmos em novas hidrelétricas, mas também em novas usinas a carvão, argumenta. Zimmermann destacou que os novos projetos termelétricos respeitam a rigorosa legislação ambiental existente. O secretário Valdir Andres mostrou confiança na contratação de pelo menos dois dos quatro projetos termelétricos gaúchos, no leilão de energia nova marcado para 16 de dezembro. O governo do Estado se preparou, buscando novos investidores e acompanhando tecnicamente a elaboração dos projetos. Agora, estamos na época de coroamento do nosso trabalho, afirmou. Eu não tenho dúvida de que o momento do carvão gaúcho chegou, completou.