Andres conhece trabalho de construção das torres do parque eólico de Osório
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O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, visitou hoje (22) pela manhã a empresa Ernesto Woebcke, em Gravataí, responsável pela construção das torres pré-moldadas do parque eólico de Osório (150 MW). O secretário foi recebido pelos engenheiros Edison Coutinho, diretor comercial, e Rolf Hemesath, diretor de operação. Na ocasião, Andres foi informado do investimento de R$ 4 milhões (a metade na fábrica e a outra metade no transporte e manuseio dos equipamentos) realizado pela Ernesto Woebcke, em parceria com a alemã Wöbben, para efetivar o serviço. O secretário comemorou a contratação de 100 novos empregados pela empresa. A prioridade na escolha de empresas gaúchas na construção das obras de energia do Estado é um pedido nosso aos responsáveis privados pelos empreendimentos. Somente dessa maneira poderemos adquirir a tecnologia necessária para outros projetos e gerar emprego, afirma Andres. Ao todo, 175 trabalhadores atuam na montagem dos 24 módulos pré-moldados de concreto, de 3,8 metros de altura cada um, mais um segmento com 6 metros de aço, que compõem a torre de 800 toneladas que sustenta os aerogeradores gigantes, a 98 metros do chão. No conjunto das 75 torres, serão consumidos 25 mil metros cúbicos de concreto e 3,5 mil toneladas de aço. A previsão era montarmos 6,5 torres por mês, mas já estamos produzindo 8 torres mensais, revela Hemesath. O trabalhador brasileiro aprende rápido e é criativo. Os alemães já vieram conhecer algumas inovações implementadas no nosso processo produtivo, completa. Toda a tecnologia é européia. O pavilhão de 13 mil metros quadrados recebeu da Alemanha 24 fôrmas de concreto, seis máquinas de montagem de armaduras e uma central de concreto automatizada. A tecnologia é deles, mas o trabalho feito aqui não fica devendo em nada ao alto padrão desenvolvido na Alemanha, comenta Coutinho. A qualidade da torre de concreto pré-moldada desenvolvida aqui está entre as melhores do mundo, garante. Uma novidade são os 40 cabos de aço que são colocados no interior de cada torre, aumentando ainda mais a resistência da estrutura. A empresa prevê para metade de setembro a conclusão das 75 torres do parque eólico. Até lá, 2.400 cargas, com duração de 4 a 5 horas, serão realizadas de Gravataí até Osório, no transporte de cada uma das peças, feito por seis carretas especiais adquiridas na empresa Randon. O parque eólico de Osório – da empresa gaúcha CIP Brasil (sócia do empreendimento) em conjunto com a espanhola Enerfin – prevê um investimento de R$ 670 milhões, sendo 69% financiado pelo BNDES. Do financiamento de R$ 465 milhões já aprovado, R$ 105 milhões serão financiados diretamente pelo BNDES e R$ 360 milhões através de um consórcio entre o Banco do Brasil, Santander, ABN Amro Real, BRDE, Caixa RS e Banrisul.