Apenadas do Instituto Penal Feminino de Porto Alegre são contempladas com bolsas de Ensino Superior
Parceria entre Polícia Penal e Ulbra oferta projeto de assistência multidisciplinar para mulheres privadas de liberdade
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O Instituto Penal Feminino de Porto Alegre (Ipfpoa) promoveu, na quarta-feira (2/7), a cerimônia de entrega de bolsas de estudo e de encerramento do projeto “Saúde e bem-estar no cárcere: estratégias de assistência multidisciplinar para mulheres privadas de liberdade no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre”. A iniciativa é uma parceria entre a Polícia Penal e a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).
Na ocasião, representantes da Ulbra entregaram certificados para as apenadas participantes do programa e destinaram duas bolsas de estudo de Ensino Superior do curso de Marketing para as detentas escolhidas no processo seletivo. O projeto foi desenvolvido pelo curso de Medicina, orientado pela coordenadora-geral de Residências em Saúde, Estela Schiavini Wazenkeski, com a participação de quatro alunas da instituição, por meio de encontros semanais no estabelecimento prisional.
Importância do projeto
A diretora do Ipfpoa, Tatiane Silva, destacou a importância de iniciativas como essa para as pessoas privadas de liberdade. “Hoje, quando fui dar a notícia para uma das apenadas contempladas com a bolsa, foi emocionante, porque realmente é algo que a gente idealizava, proporcionar atividades que visem o trabalho e a educação”, ressaltou.
“O aprendizado proporciona liberdade e novas oportunidades. Este é um projeto de extensão integrador, que tem como objetivo buscar uma problemática, trazer para a instituição e, por meio do ensino e da pesquisa, promover melhorias para essa situação”, evidenciou o reitor da Ulbra, Adriano Chiarini da Silva.
A apenada Patrícia*, que foi uma das selecionadas com a bolsa de estudos, disse ter se sentido acolhida no projeto. “Ganhar a bolsa de estudos significa o início de uma nova trajetória, e vou me dedicar ao máximo para concluir meus estudos”, afirmou.
A cerimônia também contou com a presença da coordenadora técnica da 10ª Região, Mariza Frota, da diretora-adjunta do Ipfpoa, Marcia Saraiva, e da chefe da Divisão de Educação da Polícia Penal, Carolina Di Giorgio Beck. Representando a Ulbra, estavam presentes o diretor de representação institucional, Monir Ferranti, os professores representantes do projeto e as alunas participantes.
*Nome fictício para preservar a identidade da apenada.
Texto: Lucille Soares/Ascom Polícia Penal
Edição: Camila Cargnelutti/Secom