Apenados cultivam horta orgânica em projeto de inclusão profissional
Publicação:

Apenados da Fundação Patronato Lima Drummont e do Instituto Penal Irmão Miguel Dario, em Porto Alegre, ganharam uma chance de melhorar de vida durante o cumprimento de suas penas. Além de cultivar hortas orgânicas, com tipo diferentes de legumes, chás e frutas, os presos do regime semiaberto executam serviços de pintura e jardinagem na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O trabalho integra um projeto da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que oferece uma nova oportunidade de inclusão social e profissional.
As atividades são coordenadas pela servidora Ana Gemina de Mello Trindade. Segundo ela, a atividade profissional transforma a vida dos presos para melhor. "Eles estão mostrando à sociedade que merecem uma nova chance e que podem, sim, trabalhar e serem bons profissionais", explica. A jornada é de oito horas diárias, de segunda a sexta-feira, com salário de R$ 937.
Na horta, cultivada no pátio da secretaria, na avenida Voluntários da Pátria (bairro Floresta), são produzidos tomate, batata, cebola, alface, repolho, abóbora, hortelã, pimentão, melancia, manjerona, couve-flor, radite, beterraba, pimenta e chás. Os alimentos são usados na alimentação prisional.
Um dos presos, que trabalha há cinco anos na SSP, disse que os rendimentos ajudam na compra da casa e na comida dos familiares. "Quero crescer na vida, voltar a ter uma rotina normal, ganhamos uma oportunidade da direção da Susepe", agradece.
Para participar do projeto, os colaboradores passam por análises de psicólogas e assistentes sociais, com avaliação da ficha criminal e histórico de comportamento nas unidades prisionais.
Texto: Luana Meireles/Susepe
Edição: Gonçalo Valduga/Secom