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Apesar da maior cotação em seis meses, valor não cobre custo de produção do arroz

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O preço médio de comercialização do arroz teve uma recuperação nesta semana e atingiu o patamar mais alto em seis meses. Segundo o indicador Cepea, a saca de 50 quilos foi vendida a R$ 21,47. Porém, o valor é muito abaixo do custo de produção calculado para o produto e segue inferior ao preço mínimo, de R$ 22. Para o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, a expectativa é uma recuperação gradual da cotação. Conforme o diretor, as assimetrias do Mercosul estão dificultando a valorização do arroz. “Nesses países, o custo de produção é inferior ao gaúcho e eles colocam um produto mais barato no Brasil, principalmente no Sudeste”, diz. Silveira explica que o arroz do Mercosul entra isento de ICMS e defende uma tarifa igualitária para diminuir as assimetrias. “O produtor de arroz está endividado e ainda tem que enfrentar o descaso do governo federal quanto a entrada desenfreada do produto de outros países”, ressalta. Dois grandes entraves são apontados por Silveira. O arroz gaúcho está perdendo competitividade em decorrência da guerra tributária entre os estados da Federação e também os diferentes custos de produção no Mercosul, o que barateia o preço do arroz do bloco econômico da América do Sul. “As máquinas chegam a estar 40 % mais baratos na Argentina e Uruguai”, afirma. Para ele, o governo federal deveria permitir o livre comércio entre os países para que o arrozeiro gaúcho concorra de igual para igual.
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