Apresentação de resultados do RS Seguro no South Summit Brazil mostra avanços na segurança pública do RS
Ações nas áreas de inovação, ciência e tecnologia são importantes para educação nas políticas de prevenção à violência
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O painel “Tecnologias e dados em políticas sociais”, realizado na quarta-feira (29/3), no RS Innovation Stage no South Summit Brazil, apresentou resultados do RS Seguro. Lançado em 2019, o programa é uma iniciativa colaborativa liderada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e atua de forma focalizada para mitigar a violência no Rio Grande do Sul.
Segundo o secretário executivo do programa, Antonio Carlos Pacheco Padilha, desde 2019, a iniciativa resultou na redução de 59% dos roubos a veículos e em aproximadamente quatro mil vidas preservadas no Estado, em comparação com o período de 2015 a 2018.
Como apresentadora do painel, a diretora de Gestão da Inovação na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Paola Rücker Schaeffer, destacou que a pasta tem atuação exemplar em áreas cobertas pelo RS Seguro. "Sabemos o quão importante é levar educação, conectividade e oportunidades para esses locais de vulnerabilidade social", disse.
Por meio do programa Educar para Inovar, realizado em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), foram capacitados 68 professores de municípios pertencentes ao RS Seguro. Entre os alunos, 61% dos capacitados pelo Método Educar são provenientes dessas áreas de vulnerabilidade social.
Quanto à conexão de internet de alta qualidade, uma em cada cinco escolas públicas estaduais auxiliadas pelo Conecta RS, programa executado pela Sict e Procergs, está situada em área de atuação do RS Seguro. Tais ações vão ao encontro do Eixo 2 do programa, que fala da importância da educação nas políticas de prevenção à violência.
Padilha explicou que a análise dos dados da segurança pública do Estado foi possibilitada por uma parceria com a Procergs, com a criação de uma ferramenta intitulada GESeg - Gestão Estatística em Segurança Pública. “Tem se falado muito em políticas públicas baseadas em evidências. Desde a década de 1980, o Rio Grande do Sul tem as informações relevantes e uma base de dados”, ressaltou. Com esse esforço conjunto, foi possível definir 23 municípios para receberem as ações do RS Seguro. Neles, estão concentradas 72% das mortes violentas letais intencionais do Estado.
Padilha destacou, ainda, a importância do trabalho colaborativo e transversal com outras secretarias, de modo a unir capacidades e multiplicar resultados. “Se uma única vida tivesse sido preservada, o RS Seguro já teria valido a pena”, concluiu.
No encerramento do painel, Paola ressaltou a relação entre a inovação e a segurança pública no Estado. “Tudo isso é muito importante para a construção dos ecossistemas de inovação no Rio Grande do Sul. Sem segurança, não conseguimos atrair, reter e gerar novos negócios no Estado.”
Texto: Adriana Figueiredo/Ascom Sict
Edição: Camila Cargnelutti/Secom