O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia e sua vinculada Fapergs (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul) assina, amanhã (2/12), o termo de outorga do programa Rede Aqüífero Guarani e Serra Geral, cujo investimento no Estado chega a R$ 1,3 milhão.

Os recursos da ordem de R$ 650 mil provenientes da Fapergs e R$ 650 mil do CNPq serão distribuídos entre cinco projetos que tratam da caracterização e levantamento de dados; avaliação da qualidade da água; estudos de políticas públicas; análise dos aspectos jurídicos; extensão tecnológica e capacitação, em regiões do Alto Uruguai, Planalto e Escarpa da Serra Geral e Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Para o secretário Artur Lorentz, o termo visa a apresentação de propostas que venham gerar conhecimentos técnicos e científicos para a proteção e uso sustentável das águas do Sistema Integrado Aqüífero Guarani - Serra Geral, no sul do Brasil, e também propor um marco legal com vistas à gestão transfronteiriça do Sistema. Por ser um processo muito amplo e complexo, que envolve aspectos ambientais e hidroquímicos, será fundamental a integração de diversas áreas do conhecimento para o sucesso do projeto, afirma.

Segundo o diretor presidente da Fapergs, Jôni Franck N. Costa, o convênio em parceria com o CNPq é importante. É uma oportunidade para alavancar outros futuros novos projetos que otimizem este manancial de água existente, num Estado que sofre com secas constantes.

Localizado na região centro-leste da América do Sul, o Aqüífero Guarani é um dos maiores mananciais de água subterrânea do mundo. Ocupa uma área aproximada de 1,2 milhões de km2, sendo que sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Também são parceiros no projeto a ANA/CT-Hidro, e os Estados de Santa Catarina e Paraná.