Área livre de Peste Suína Clássica é vitória conjunta para o RS
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Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem receber em maio a outorga de área livre de Peste Suína Clássica (PSC) da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Pela primeira vez na história, a OIE vai reconhecer zonas e países livres da doença.
O pleito brasileiro foi aprovado nessa terça-feira (24) na Comissão Científica da OIE e deve apenas ser ratificado na Assembleia de Delegados. "Isso é fruto de um longo trabalho alicerçado na integração perfeita com transparência e confiança entre o setor privado (a cadeia produtiva de suínos) e o serviço oficial”, afirma Ildara Vargas, do Departamento de Sanidade Animal da Secretaria da Agricultura e Pecuária.
Trabalho de longo prazo - O ano de 2005 foi fundamental para a consolidação do trabalho de erradicação da doença, com o aporte de recursos do setor privado e a intensa comunicação entre produtores, indústrias e o serviço oficial. "Precisamos reconhecer a atuação de cada um dos médicos veterinários, técnicos e auxiliares das inspetorias da Secretaria da Agricultura nesta vitória.
Pessoas que se empenharam juntamente com o corpo técnico de cooperativas e agroindústrias, gerando o entendimento da importância da sanidade para a conquista de novos mercados. Todos são merecedores desta vitória”, afirma o secretário Ernani Polo.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, Rogério Kerber, acredita que esse trabalho iniciado com a PSC tenha sido um dos fatores que contribuiu com o conceito do Fundesa. "A força da luta contra a Peste Suína Clássica comprovou que os setores público e privado unidos podem fazer muito mais”, disse.
O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros estados do Brasil a ser reconhecido nacionalmente como área livre de Peste Suína Clássica. O último caso registrado da doença foi em 1991, com a vacinação sendo suspensa logo em seguida, iniciando o processo de erradicação.
A PSC é uma doença viral que atinge os suínos (e outros animais da espécie suídea, como javalis). A enfermidade provoca sintomas como febre alta, paralisia nas patas traseiras, manchas avermelhadas pelo corpo, dificuldades respiratórias e alta mortalidade.
Para o coordenador do Programa Nacional de Sanidade Suína na Superintendência Federal do RS, Édison Eckert Fauth, o reconhecimento internacional "tem impacto altamente positivo para todo o sistema de defesa sanitária no Estado”.
Já o chefe do Serviço de Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul (SF-RS), Bernardo Todeschini, afirma: “Um sistema veterinário capaz de erradicar uma enfermidade de rápida difusão como a PSC certamente é capaz de controlar outras doenças em outras cadeias produtivas”.
Texto: Alexandre Farina/ Assessoria de Comunicação Seapa
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação