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Arquivo Histórico lança livro sobre imigração alemã

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A Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, por meio do Arquivo Histórico, lança nesta quinta-feira (29), às 18 horas, em sua sede, na rua Sete de Setembro, 1020, na Praça da Alfândega, o livro Povoadores do Rio Grande do Sul 1857-1863. O lançamento integra-se às comemorações dos 180 anos da imigração alemã no Estado, numa parceria com a editora EST e o jornal Correio Rio-grandense. A obra reúne 7329 registros da chegada dos imigrantes europeus ao território gaúcho como um documento básico da sua povoação, que começa a se diferenciar a partir de 25 de julho de 1824 quando os imigrantes vindos da Alemanha chegaram à Feitoria de Linha Cânhamo, em São Leopoldo. Conforme o frei Rovílio Costa, que vem se dedicando, há muitos anos, às pesquisas sobre imigrações e etnias no Rio Grande do Sul, o ingresso dos imigrantes alemães amplia a formação religiosa em terras rio-grandenses, com dois grupos cristãos fazendo parte da sua geografia humana: católicos e protestantes, vindos como colonizadores, trazendo uma mesma bagagem cristã, doutrinária, espiritual e ética. Os grupos nativos começaram, então, a receber influência desses dois lados do Cristianismo. Para Costa, o assentamento desses imigrantes veio contribuir para a construção da identidade do povo gaúcho, já que seus descendentes foram se mesclando com outras etnias, como o índio, o negro, o português, o italiano, o judeu, o polonês e o árabe, entre outras. A entrada dos imigrantes, anotados nesse livro, no período de 10 de outubro de 1858 e 9 de fevereiro de 1859, recolhida pelos registros encontrados no Arquivo Histórico, assinala a presença de 1181 alemães e 140 franceses, 1158 católicos e 163 protestantes. A maioria - 766 deles - foi para Santa Maria da Soledade, mas houve também europeus que se dirigiram para Santa Cruz, Nova Petrópolis, São Leopoldo e Porto Alegre. Na visão do historiador Paulo Staudt Moreira, a publicação do livro preserva o original encontrado no Arquivo Histórico do desgaste do tempo e do manuseio constante, além de ser valioso instrumento de pesquisa histórica. É importante também, destaca Staudt, àqueles que se dedicam à área da Geneologia ou que precisam de documentos que comprovem a entrada de seus antepassados ao Rio Grande do Sul, vindos da Europa.
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