Um reconhecimento ao Rio Grande

Yeda Crusius

Este 31 de julho entrará para a história do nosso Estado como o dia em que uma das mais importantes instituições de fomento internacional voltou-se para o Rio Grande do Sul, debruçou-se sobre alguns dos nossos maiores problemas e, reconhecendo que os estamos solucionando, avalizou o esforço de ajuste fiscal e modernização da gestão que estamos empreendendo. Mais do que apoio, na forma de um empréstimo de US$ 1,1 bilhão para o reescalonamento da dívida, o reconhecimento a ser anunciado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial em Washington é uma demonstração de confiança nos gaúchos e de que estamos no caminho certo.

Desde o início, este governo tem enfrentado com muita determinação o desequilíbrio das contas públicas e não tenho dúvidas de que foram os resultados obtidos num primeiro ano de muitas dificuldades que levarão a essa decisão. Em 2007, todos os secretários contiveram fortemente seus gastos, fazendo com que conseguíssemos uma economia de R$ 327 milhões no custeio. Trabalhamos no combate à sonegação e na modernização da receita para superar em R$ 622 milhões a previsão de arrecadação, mesmo num ano em que perdemos R$ 700 milhões pela não-renovação das alíquotas que vigoravam até 2006. Todo esse esforço nos garantiu o maior superávit primário dos últimos 37 anos.

Mas o esforço de ajuste fiscal não foi o único fator. Avançamos muito no encaminhamento de uma solução para o déficit previdenciário, com a constituição de dois fundos previdenciários. Apresentamos 12 Programas Estruturantes, base de um modelo de gestão inovador, envolvendo diversas secretarias no caminho para a retomada dos investimentos, que devem chegar a 10% da receita corrente líquida no último ano de governo. Também inovamos na adoção de um orçamento realista, contando com a parceria de todos os Poderes no esforço para evitar o aumento de despesas.

Portanto, o aval do Banco Mundial será a demonstração de que, por maiores que sejam os desafios, os gaúchos são capazes de superar suas dificuldades. A união de todos, incluindo nossos deputados federais e estaduais, os senadores e autoridades federais, foi fundamental para que esse pleito do Estado chegasse até a alta direção do Banco Mundial, que hoje conhece nossos maiores desafios e também reconhece nossa capacidade de superá-los.

Publicado no jornal Correio do Povo no dia 31 de julho