Um dos grupos que compõem a missão do governo gaúcho à China visitou a China International Tobaco (CIT), com o objetivo de dar continuidade às negociações que visam constituir uma joint venture entre a estatal chinesa e a Alliance One, sediada em Venâncio Aires.

Integrante da comitiva, o secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, saiu bastante otimista do encontro. Ele acredita que o anúncio oficial poderá ser feito já no primeiro trimestre do próximo ano pelo governador Tarso Genro e os representantes das empresas.

Concretizada a negociação, amplia-se a exportação de tabaco do Brasil para China, pulando dos atuais 15% para 43%. Poderemos chegar a 23 milhões de quilos e um volume de negócios da ordem de U$S 185 milhões, disse Fioreze.

A China é o maior produtor mundial de fumo, produzindo três vezes mais do que o Brasil, mas necessita importar para atender seu consumo, além de precisar do fumo Virginia para fazer o blend para atender a demanda de qualidade crescente no país.

A joint manteria as operações da Alliance One, mas cria uma segunda empresa, a CBT, formada por 49% de capital desta e 51% da CIT.

No encontro, Fioreze, que representou o governador Tarso Genro, envolvido em outro compromisso, estave acompanhado de José Hermeto Hoffmann, representando o BRDE, do prefeito Artur Artus, de Venâncio Aires, da adida agrícola da embaixada, Andrea Bertolini, do presidente da Alliance One para a América Latina, Alexandre Sthrchoen, e do professor Antonio Padula, da UFRGS. 

Exportações
Uma das maiores exportadoras de tabaco do Brasil, a AOB comercializou 107.511 toneladas do produto em 2012, que geraram uma receita bruta de US$ 485,1 milhões. Os tabacos das variedades Virgínia e Burley atenderam a mais de 50 países nos cinco continentes. Os países da União Europeia foram os principais destinos das exportações, com um volume superior a 47%, seguido por Ásia, com 16%, América do Norte, com 13%, Leste Europeu, com 11%, África e Oriente Médio, com 10%, e América Latina, com menos de 1%.

Texto: Marcos Pérez
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