Bancada gaúcha reitera apoio à renegociação da dívida do estado
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Os assessores técnicos da Secretaria da Fazenda Roberto Calazans (dívida do Estado) e Patrícia Koinaski (Reforma Tributária e Lei Kandir), e o técnico de Orçamento e Planejamento da Representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Francisco Matias, reuniram-se, nesta terça-feira (17), na Câmara Federal com integrantes da bancada gaúcha no Congresso Nacional para expor detalhadamente a situação da dívida do Rio Grande do Sul. O coordenador do Grupo Suprapartidário da bancada, deputado Darcísio Perondi, disse que a intenção é conhecer a situação fiscal para poder apoiar a governadora Yeda Crusius no processo de renegociação da dívida do estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional e ao Banco Mundial. Vamos mostrar que o Rio Grande do Sul está unido, disse Perondi, coordenador do grupo criado pela bancada para acompanhar, discutir e viabilizar a liberação de projetos de interesse do estado junto ao governo federal. Calazans explicou que o governo estadual tenta obter aval para que o estado possa fazer o alongamento da dívida e com isso conseguir um alívio financeiro que permita ao Rio Grande do Sul garantir os seus compromissos e executar ações que são necessárias para o seu bom funcionamento. É importante manter essa discussão junto à bancada gaúcha a fim de sensibilizar o governo federal a garantir que alguns dos pleitos venham e ajudar o Rio Grande do Sul, destacou. Além da série de medidas já implementadas com o intuito de buscar um ajustamento fiscal que permita o pagamento dos salários em dia e manutenção dos compromissos do estado, o técnico reiterou que o ressarcimento de investimentos feitos em estradas federais (R$ 1,8 bilhão aproximadamente) e o crédito que a CEEE tem a receber da União (R$ 2 bilhões) aliviariam a dramática situação no Rio Grande do Sul. Esperamos que a reunião da governadora e do secretário da Fazenda com o ministro Guido Mantega, prevista para a próxima semana, traga uma notícia positiva. Ajuste fiscal Roberto Calazans disse que, em três meses, o governo estadual já demonstrou que tem feito um ajuste fiscal importante com a redução dos cargos em comissão e de despesas de custeio em cerca de 30% e 50%. Já no primeiro bimestre o governo obteve um resultado primário impressionante de R$ 297 milhões e há uma disposição já declarada ao governo federal de que o Rio Grande do Sul pretende aprofundar o processo de ajustamento fiscal, isto é, realizar o seu tema de casa. Também participaram do encontro o coordenador da bancada gaúcha, deputado Marco Maia, os deputados Germano Bonow, Luis Carlos Busato e o representante do governo do estado em Brasília, Marcelo Cavalcante.