O governador em exercício, Beto Grill, junto com o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, e o secretário chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, acompanhou, na manhã desta quinta-feira (2), o lançamento do Programa Brasil sem Miséria, em Brasília. A ação prioriza os brasileiros com renda mensal de até R$ 70, o que corresponde a 16.267.197 pessoas.

Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que além do seu aspecto solidário e humano, o plano também pretende ser uma nova e solidária alavanca para o desenvolvimento do Brasil, esclarecendo que a linha da extrema pobreza tem como base os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O programa envolve ações de transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva, e abrangerá 8,6% da população brasileira, sendo que 40% são crianças.

Para definição do público, além da renda, o Governo levou em conta aspectos como a infraestrutura das residências, o nível de escolaridade e a idade dos moradores. De acordo com os dados do IBGE, 46,7% dos extremamente pobres moram na zona rural.

Dos brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza. Nordeste e Norte são as regiões com os maiores índice da população em situação de miséria: 18,1% e 16,8%, respectivamente. De cada cem brasileiros na extrema pobreza, 75 moram em uma dessas duas regiões.

No Rio Grande do Sul
O índice de pobreza extrema no Rio Grande do Sul é de 2,1%, enquanto que no Brasil é de 5,2%. No meio rural os índices são favoráveis em relação aos dados gerais do país, onde 3,3% da população rural gaúcha vivem em extrema pobreza, enquanto no Brasil o índice é de 12,7%.

O programa é importante para o RS porque já está alinhado com o Governo Federal, ressaltou Pestana, lembrando que o Estado já está mobilizando todas as suas Secretarias para acabar com a pobreza no Estado. No RS, o programa de erradicação de pobreza extrema desenvolve políticas de segurança alimentar sustentável por meio da ampliação da comercialização e da qualificação da agricultura familiar.

Programas de capacitação e qualificação profissional para mulheres e jovens, oriundas do programa bolsa família, também são ações do programa que tem como objetivo propiciar a autonomia destas famílias, articulando com as prefeituras para a ampliação do cadastro único e o fomento da rede da economia solidária como alternativa de renda.

Seguindo o exemplo do Governo Federal e por orientação do governador Tarso Genro, já criamos um grupo de trabalho onde os resultados serão apresentados dia 17 de junho, com a presença da Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, finalizou Beto Grill.

Texto: Daiane Roldão da Silva e Clélia Admar
Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
Edição: Palácio Piratini (51) 3210.4305