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Braskem e Petroquisa comunicam a Yeda troca de ativos e investimentos no RS

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A governadora Yeda Crusius em audiência com o presidente da Brasken, José Carlos Grubisich.
Audiência com o Presidente da Brasken - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Os presidentes da Braskem, José Carlos Grubisich, e da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, detalharam, nesta segunda-feira (3) à governadora Yeda Crusius, em reunião no Palácio Piratini, a operação de troca de ativos, iniciada em abril passado entre os dois grupos. Dentro de seis meses o processo estará concluído, mas a Braskem já passou a ser a terceira maior produtora de produtos petroquímicos das Américas. A empresa e a Petroquisa comunicaram à governadora o compromisso de ambas na realização de investimentos no Rio Grande do Sul. Conforme Grubisich, em abril de 2008 será realizada uma parada técnica de 30 dias na Companhia Petroquímica do Sul (Copesul), em Triunfo. O custo deste procedimento, voltado para a manutenção de equipamentos terá um custo de R$ 180 milhões. Porém, após a conclusão desta operação, a Copesul aumentará a sua produção de eteno e de propeno, (matérias-primas da indústria petroquímica). A de eteno será expandida em mais 35 mil toneladas/ano e a de propeno em mais 16 mil toneladas/ano. A produção total do eteno passará das atuais 1,215 milhão de toneladas para 1,250 milhão de toneladas/ano. Mais investimentos Confirmamos com a governadora o nosso empenho com o investimento, crescimento e desenvolvimento do Rio Grande do Sul, disse Grubisich. Ele também anunciou a Yeda Crusius a decisão da Braskem de aumentar a produção do plástico polipropileno na planta industrial da Ipiranga Petroquímica para 180 mil toneladas a partir de 2008. Temos ainda planos para aumentar mais uma vez a capacidade da Copesul em 2011 ou 2012, informou Grubisich. Serão acrescentadas mais 70 mil toneladas de eteno e 35 mil toneladas de propeno. Conforme o presidente da Braskem, a empresa trabalhara para que o Pólo Petroquímico de Triunfo tenha uma dimensão e competitividade que assegure a perenidade e o crescimento no longo prazo. Outra ação atual da empresa é para a viabilização do projeto de produção de polietileno a partir do álcool (plástico verde). Segundo Grubisich trata-se de uma tecnologia desenvolvida em Triunfo por equipes do Rio Grande do Sul. Estamos trabalhando para que o projeto industrial possa ser anunciado no início do próximo ano, adiantou o executivo. Presente de Natal Grubisich comunicou à governadora que o seu desejo é para que Triunfo possa ser a sede e o local deste projeto. Ele é uma ruptura mundial em termos de tecnologia. A Braskem é a primeira empresa do mundo a lançar um produto plástico feito a partir de uma matéria prima renovável. Temos tido o interesse muito grande de todos clientes nacionais e internacionais. Isso colocaria o Pólo Petroquímico no rumo da modernidade. Após a informação do presidente da Braskem, Yeda Crusius disse: Se esse anúncio fosse neste ano seria o meu presente de Natal. Parceria Para Yeda Crusius, a transformação no mercado petroquímico, a partir da troca de ativos, foi radical, importante e o melhor: através da parceria, um processo que vamos adotar no Rio Grande do Sul. O presidente da Petroquisa, definiu a sexta-feira passada – quando foi anunciado o acordo da troca de ativos, envolvendo a Braskem, Petrobras e a Unipar, como notável. Acho que a petroquímica brasileira vira uma página. O modelo petroquímico que ficou pós-privatizações, com várias empresas pulverizadas pequenas, deixa de existir. Segundo José de Andrade Neto, o Brasil emerge com duas grandes empresas, disse ao se referir à Braskem e a Petroquímica do Sudeste (será criada). O Brasil passa a ter um novo setor petroquímico, empresas grandes e competitivas e a Petrobras passa a um parceiro do setor petroquímico brasileiro de maneira a permitir que as duas grandes empresas compitam sem atrapalhar a gestão de ambas, acrescentou o presidente da Petroquisa. Faturamento Pela troca de ativos, a Petrobras transferiu para a Braskem todo o capital que detinha na Copesul (37,3%), Ipiranga Petroquímica (40%), e Petroquímica Paulínia (40%). A estatal ainda pode transferir, num prazo de seis meses, 100% da Petroquímica Triunfo. Em troca ela e a Petroquisa ficaram com 25% do capital total da Braskem e 30% do capital votante. O faturamento da Braskem passará a ser de R$ 23 bilhões/ano – cerca de US$ 11 bilhões, explicou Grubisich. Entre os anos de 2010 e 2012 a Braskem estará entre as nove maiores petroquímicas do mundo, previu o presidente. Nos planos de investimentos da Braskem no RS estão também o aumento da produção de energia elétrica. Os projetos envolvem o uso do carvão, a biomassa e resíduos urbanos sólidos. Participaram também da reunião, no gabinete da governadora, os vice-presidentes da Braskem, Luiz de Mendonça e Marcelo Lyra, o superintendente da Copesul, Alfredo Tellechea, o superintendente da Ipiranga Petroquímica, Roberto Bischoff, e o secretário da Comunicação, Paulo Fona.
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