Cabos aéreos de energia entre Rio Grande e São José do Norte começam a ser substituídos
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Durante a operação da entrada do guindaste da WTorres em Rio Grande, os nove mil consumidores de energia elétrica de São José do Norte serão abastecidos por geradores instalados no município Inicia nesta terça-feira (15) e vai até a próxima sexta-feira (18), a retirada dos cinco cabos aéreos da linha de transmissão de energia elétrica entre Rio Grande e São José do Norte, visando à entrada do pórtico-guindaste, com 85 metros de altura, que a WTorre está trazendo da China para o dique seco, em fase de construção dentro da área portuária de Rio Grande. Desde quarta-feira passada, os técnicos da CEEE e da WTorre Estaleiro Rio Grande instalam e realizam os testes nos quatro grupos de geradores que vão abastecer com energia elétrica os nove mil consumidores de São José do Norte e arredores, no sul do Estado. O trabalho está sendo realizado, a partir de um convênio entre o Grupo CEEE, a Secretaria de Infra-estrutura, a Superintendência de Portos de Rio Grande, o Governo do Estado e a WTorre Estaleiro Rio Grande. Estratégia Os geradores, que totalizam 4 megawatts e são suficientes para atender à demanda na região, foram colocados, estrategicamente, em quatro pontos, um na área urbana do município, dois na BR-101 (km 27 e 41) e outro na localidade de Bujuru e ficarão no local por, aproximadamente, 15 dias. O custo da instalação dos equipamentos e o processo da substituição dos cabos da linha é da ordem R$ 5 milhões, valor investido pelo Governo do Estado e WTorre. Depois da retirada dos cabos e a passagem do pórtico - o que deve acontecer no sábado (19) pela manhã – inicia outra etapa da operação, que vai até dia 23, e prevê a instalação de outros cabos, mais flexíveis e de maior resistência mecânica, que permitirão a entrada de outras estruturas no porto de Rio Grande. Esse material, em caso de necessidade, poderá ser tracionado, chegando a 100 metros de altura, possibilitando a passagem de outras embarcações, até a instalação definitiva do caso subaquático, conforme estudos e projetos apresentados à CEEE e à autoridade portuária. Em junho próximo, essa ação de elevação da linha já será executada para a passagem de outra estrutura marítima pelo local. Com a finalidade de dar conhecimento de todas as etapas do projeto aos consumidores, dia 25 de março último, foi realizada uma audiência pública no município. A linha de transmissão aérea de 69 mil Volts, isolada para 69 kV (quilovolts), e operando em 23 kV, atravessa o canal de acesso ao porto rio-grandino, desde o Tecon, em Rio Grande, até São José do Norte, e está a 72 metros do nível da água. Essa obra, construída pela CEEE nos anos 90, e que funciona de forma satisfatória há mais de 15 anos, permitiu integrar o município ao Sistema Interligado Nacional, uma vez que, até então, o fornecimento de energia era realizado através de duas usinas, que utilizavam como combustível óleo diesel. Travessia subaquática Essa linha foi projetada para permitir futura conexão à subestação de 12,5 MVA (megavolt-ampère), com previsão de execução até 2010, naquele município. A solução definitiva, analisada técnica e economicamente como a mais viável, é a construção de travessia subaquática de 960 metros, em 69 mil Volts. O projeto encontra-se, atualmente, em fase de detalhamento do projeto básico, processo licitatório e licenciamento ambiental. Os investimentos necessários aoempreendimento, da ordem de R$ 20 milhões, serão custeados, exclusivamente, pelo governo do Rio Grande do Sul, com recursos da Superintendência do Porto de Rio Grande e do Grupo CEEE. A obra levará cerca de 120 dias e utilizará o mesmo trecho em que se encontram, hoje, os condutores aéreos. Segundo o presidente do Grupo CEEE, José Francisco Pereira Braga, essa estrutura será importante já para a saída da plataforma oceânica P-53, da Petrobrás, com 124 metros de altura, no final de setembro e, também, para os futuros projetos, que utilizam o Porto de Rio Grande e estão desenvolvendo o Estado e, em especial, à Região Sul do Estado.