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Cães da Susepe auxiliam na socialização de autistas em Gramado

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Canil autismo Gramado1
Projeto tem como público-alvo crianças, adolescentes e adultos atendidos pela APAE - Foto: Divulgação / Susepe

O Canil da 7ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) promovem, em parceria, um projeto de atendimento de 19 pessoas com autismo em Gramado, por meio do contato com cães. A técnica, denominada cinoterapia, contribui para o desenvolvimento de aspectos sociais, comportamentais e emocionais, além de habilidades cognitivas. O público-alvo da atividade são crianças, adolescentes e adultos atendidos pela APAE.

Acariciar os dois border collie, oferecer petiscos, construir obstáculos e arremessar bolinhas paras os cães buscarem são algumas das atividades realizadas pelos participantes. A interação com os animais trabalha diferentes aspectos como linguagem verbal (oral, escrita e leitura) e não verbal; raciocínio lógico-matemático; memória e atenção. Também estimula a autonomia, a autoestima e o autocontrole. Isso fortalece as relações interpessoais e a formação de vínculos afetivos dos pacientes.

Os encontros, individuais ou em pequenos grupos, ocorrem desde setembro deste ano, às quartas-feiras. A coordenadora da iniciativa pela APAE Gramado, Juliane Zalamena, destaca o fato de a equipe, formada por quatro técnicas de saúde e dois adestradores, um deles cinotécnico, ser treinada e qualificada para exercer a atividade. “O objetivo é proporcionar a reabilitação desse público com a utilização do cão como mediador no processo terapêutico. A cinoterapia contribui, significativamente, para a melhora das características diagnósticas”, acrescenta.

O delegado da 7ª Penitenciária Regional, Fernando Demutti, ressalta que o projeto vai ao encontro das práticas de desenvolvimento social desempenhadas pela Susepe, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS). “O sistema prisional não é composto apenas de grades e muros, somos agentes de transformação social, visando contribuir com a comunidade”, afirma. Segundo ele, a atividade já apresenta resultados significativos.

Texto: Rodrigo Borba/Ascom Susepe
Edição: Secom

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