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Câmara da ovinocultura discute produção de cordeiros e preço da lã

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A Câmara Setorial da Ovinocultura avaliou, nesta quarta-feira (15), na Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), as experiências de duas associações de produtores de cordeiro, na Zona Sul e na Serra. O trabalho, nos últimos quatro anos, de 120 ovinocultores do Conselho Regulador Herval Premium, da região de Herval, tem apresentado bons resultados, conforme o coordenador do programa, Felipe Azevedo de Sousa. Até o final do ano, Sousa projeta 5,5 mil abates de animais de cinco ou seis meses de idade e peso médio de 16 quilos, oriundos de seis municípios da região Sul. A carne se destina a distribuidoras de Porto Alegre e Pelotas. Mesmo com a elevada valorização do produto no mercado, o empreendedor considera que o volume de abates está distante do potencial do setor. O ideal seria que entregássemos ao frigorífico mil animais ao mês, afirma. Outro projeto relatado na câmara foi o do Cordeiro Serrano, que reúne 20 produtores de seis municípios da região de Vacaria e comercializa carne no Nordeste do Estado, Litoral e Sul de Santa Catarina. Conforme o ovinocultor Cesar Ramos Cesar Neto, de Vacaria, o mercado, ainda que pequeno, é promissor. Cesar Neto explica que os Campos de Cima da Serra possuem vantagens de relevo e de clima que favorecem a criação de ovinos, com baixa incidência de problemas sanitários, especialmente verminose. Sobre a situação do mercado da lã, o representante da Federação das Cooperativas de Lã (Fecolã), Claudio Hausen de Souza, informa que os preços pagos aos produtores, neste ano, tiveram pequeno aumento de US$ 0,10 o quilo. Atualmente, o valor do quilo de lã de merino australiano está na faixa de US$ 3 a US$ 3,20 e da raça ideal, de US$ 2,80 a US$ 3. Souza lembra que há mais de 40 opções do produto. Em razão desta variedade, ele identifica um grave problema no mercado gaúcho, que é a falta de discriminação da lã. Não há classificação, tudo é misturado como 50 anos atrás, critica. No final da reunião, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Schwab, indicou a necessidade de a cadeia produtiva debater e tomar medidas práticas em relação ao abigeato. O coordenador das Câmaras Setoriais, Wilson Schmitt, agendou o tema para o próximo encontro, em 2 de dezembro. Nessa data, também se analisará o controle de enfermidades no rebanho do Estado, estimado em 4,5 milhões de cabeças.
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