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Câmara Setorial da Citricultura avalia situação do setor durante estiagem e pandemia

Houve relatos da situação da safra, com perdas pela estiagem variando entre 20% e 50% em relação à previsão inicial de colheita

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Agricultura card Novas Façanhas
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A Câmara Setorial da Citricultura do Rio Grande do Sul reuniu-se nesta quarta-feira (20/5), por meio de videoconferência, para avaliar o setor durante a estiagem que assola o Estado e a pandemia de coronavírus. O encontro virtual teve a coordenação do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, e a participação de 36 citricultores do Vale do Caí, do Alto Uruguai, da Fronteira Oeste e da Serra Gaúcha.

Houve relatos da situação da safra, com perdas pela estiagem variando entre 20% e 50% em relação à previsão inicial de colheita, especialmente no caso de algumas variedades de bergamotas. Os citricultores reivindicaram que o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Banco Central, possa cobrir as perdas de laranjas e bergamotas por variedades, já que os produtores têm cultivares específicas de outono, de inverno e algumas colhidas na primavera.

O secretário solicitou que o diretor da Divisão de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, busque soluções com o governo federal para que o Proagro possa atender à citricultura por variedade. O superintendente de Expansão de Agronegócios do Banrisul, Odir Zalamena, prontificou-se a colaborar neste sentido.

Em relação à comercialização de laranjas para as indústrias de suco, que deve iniciar nos próximos dias, os produtores mostraram-se apreensivos com os preços sinalizados. Segundo eles, os valores, até o momento, estão abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo federal: R$ 380 a tonelada.

Os representantes das indústrias informaram que aumentaram a capacidade de armazenagem, querem garantir a compra dos produtores e acompanham a situação do mercado. Conforme eles, se, por um lado, houve redução de consumo de sucos, por outro, a alta do dólar favorece as exportações, embora não haja ainda um horizonte para o comportamento do câmbio e do mercado.

Neste sentido, Covatti Filho solicitou que produtores de laranja e indústrias, em curto prazo, informem a situação da comercialização para, se for o caso, buscar com o governo federal mecanismos de política agrícola para apoio aos citricultores e às indústrias.

Texto: Ascom Seapdr
Edição: Secom

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