Em reunião da Câmara Setorial da Citricultura, nesta quarta-feira (16), na Capital, foram apresentadas as oportunidades, potencialidades, dificuldades e ameaças impostas ao setor presentes no Plano Decenal 2014-2024. Organizado pelas Câmaras Setoriais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, após um acúmulo de três anos de trabalho e diálogos com as cadeias produtivas, o Plano Decenal foi lançado em março deste ano.

Entre os desafios foram ressaltados as questões da fiscalização sanitária da produção de mudas, a necessidade de certificação e garantia da origem e qualidade, assim como a possibilidade da importação de sementes certificadas da Argentina e do Uruguai. Para o encaminhamento da pauta será formado um Grupo de Trabalho na Câmara Setorial para discutir o assunto junto aos viveiristas gaúchos.

Outro ponto destacado foi a atenção para a chegada de frutas verdes e com galhos e folhas ao comércio e a necessidade de tornar os citros gaúchos reconhecidos nacional e internacionalmente pela qualidade. O uso de carbendazim na citricultura também foi abordado, uma vez que o fungicida prejudica a exportação para alguns países como os Estados Unidos.

A Emater já faz um trabalho educativo de conscientização junto ao produtor para que o agrotóxico deixe de ser usado, embora, legalmente, a sua utilização ainda seja permitida no Brasil. Também foram debatidas as metas estipuladas no Plano Decenal da Agricultura, como a criação do Programa de Fortalecimento da Citricultura Gaúcha e do Instituto Gaúcho da Citricultura (IGC), ambos previstos para 2014/2015.

Semana da China no RS
Durante reunião da Câmara Setorial da Citricultura, nesta quarta-feira (16), o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, destacou a importância da participação do setor na Semana da China no RS, que ocorre de 19 a 23 de maio, em Porto Alegre.

Entre as atividades do evento, está a realização de um seminário que visa apresentar as potencialidades e oportunidades de interação econômica entre a China e o Rio Grande do Sul. Conforme Fioreze, os produtos com potencial de exportação, como o suco de laranja, devem ser apresentados no evento.

“É importante que o setor se faça presente em função de que a China cresce cada vez mais e é possível observar uma mudança nos hábitos alimentares da sua população. Apesar de ser um país que se orgulha de poder alimentar o próprio povo, essa é uma possibilidade ousada de arranjo entre os empresários chineses e os produtores gaúchos”, enfatizou Fioreze.

Texto: Juliana Brum
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305