Casa da Memória Merlin de Bento Gonçalves será restaurada
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A Casa da Memória Merlin, em Bento Gonçalves, será restaurada com recursos da Lei de Incentivo à Cultura do governo do Estado. A casa contará com espaços para exposições sobre a imigração italiana na região e para ensaio e apresentação de grupos folclóricos, além de um memorial da Família Merlin e uma sala para abrigar a Associação Caminhos de Pedra. A cerimônia de início das obras de restauração teve a participação do secretário-adjunto da Cultura, André Kryszczun, e da diretora do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado - IPHAE, Mirian Sartori Rodrigues.
Financiado pelo Pró-Cultura RS – Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e realizado pela Associação Caminhos de Pedra, o projeto tem patrocínio de Ferrari Válvulas Automotivas, Malharia Anselmi, Pro Marmo Comércio de Mármores e Granitos, Vinhos Don Laurindo e Limpacto Comércio de Produtos de Limpeza.
Para o secretário-adjunto, este apoio demonstra a importância da LIC para a manutenção da memória do casarão, localizado no Caminho das Pedras. Kryszczun conclamou empresários de todo o estado a investirem em projetos culturais. "Cultura não é entretenimento. Cultura é memória, é história e, acima de tudo, significa desenvolvimento das pessoas, social e econômico. A Casa da Memória é exemplo disso, um investimento que atrairá visitantes de várias partes do Brasil e do mundo", lembrou.
Já a diretora do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE, Mirian Sartori Rodrigues, lembrou que o Caminho das Pedras foi um dos primeiros a encaminhar projetos à Lei de Incentivo à Cultura, o que o transformou em um dos lugares mais visitados na Região da Serra.
Sobre a Casa Merlin
A Casa Merlin é a maior casa de pedra de Bento Gonçalves. Tombada pelo município, tem 43 aberturas, três pavimentos e 400 metros quadrados de área construída. No período de apogeu da Linha Palmeiro, as casas eram grandes e expressavam a prosperidade da família que, normalmente, era numerosa. A casa foi construída em três etapas pelas mãos do imigrante Pietro Merlin.
A cantaria, ou o trabalho em pedra, é uma das mais antigas técnicas empregadas pelo homem. Na Serra, foi utilizada pelos colonizadores italianos à semelhança do que ocorria no continente europeu. Outro elemento construtivo que marca a Casa Merlin é o ferro batido e a madeira, bases do desenvolvimento socioeconômico e cultural da região.
Texto: Roberta Amaral/Ascom Sedac
Edição: Denise Camargo/Secom