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Casa de Cultura Mario Quintana oferece oficina de mímica corporal dramática

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A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), vinculada à Secretaria da Cultura oferece a oficina de Mímica Corporal Dramática, ministrada pelo professor Alexandre Correa, de 20 a 25 de junho, das 14h às 18h, de forma gratuita. A mímica como forma de expressão, sem o uso da fala é o mote da atividade, sem restrição de idade, capacidade motora ou atividade.

Os interessados devem enviar uma carta de intenção especificando sua área de atuação e o motivo pelo qual gostariam de participar das aulas. As vagas são limitadas a 20 alunos. O corpo do ator visando à cena é o principal eixo do conteúdo, dividido em três partes: o corpo cênico, individualmente e em relação ao espaço; o corpo em relação ao outro (conjunto) e o conjunto em relação ao espaço.

Serão feitas improvisações solo, além de uma ação de composição individual. O objetivo maior é fornecer subsídios para que os gestos que o ator tem em mente sejam entendidos facilmente por quem está apreciando sua performance. O treinamento compreende articulação e escalas, contrapesos, ritmo dinâmico, estilos e estados, casualidades, figuras de estilo e repertório.

O ponto de partida é a valorização do ator como criador, que parte de seu trabalho colaborativo com o diretor, desenvolvendo partituras e compondo seu corpo. Seu criador, Etienne Decroux (1898-1992) sempre se baseou na premissa do ator-compositor, não apenas como base de sustentação do drama. As técnicas resultantes de suas pesquisas, a Mímica Corporal Dramática, conhecidas no Brasil como Mimo Corpóreo, são um poderoso instrumento técnico. Exercitam a clareza do ator em se comunicar efetivamente com o espectador e são um meio para abrir também um canal de comunicação entre seu corpo e seu espírito criativo.

O Criador
Etienne Decroux estabeleceu os princípios norteadores para uma nova expressão do movimento, ligada à atuação teatral no século XX. Em 1940 fundou sua escola em Paris, e mais tarde uma companhia que viajou pela França e exterior. Sua escola trabalhava a análise do corpo, desconstruindo-o e reconstruindo-o em três dimensões, inspirando-se no ambiente artístico vivido na Paris do início do século: em estátuas gregas e de Auguste Rodin, sendo amigo dos grandes pintores e artistas plásticos da época, em especial, Pablo Picasso.

A Técnica
Tudo o que o ator faz no palco é visto e interpretado por quem o assiste e qualquer gesto seu, por menor que seja, é de extrema importância. Por isso, sua fisicalidade é tão importante, seja falando ou em silêncio, movendo-se ou em repouso. No teatro, o movimento surge a partir de uma necessidade de mover-se, de uma motivação e o que é incorporado ou descartado para a criação, a sustentação do drama no palco, geralmente recai sobre o critério e a criatividade do ator.

O Ministrante
Alexandre Correa nasceu em Porto Alegre e, adolescente, protagonizou o longa-metragem super 8 Tempo Sem Glória, filme de estreia de Henrique de Freitas Lima. Seguiu trabalhando como produtor no cinema e teatro gaúchos, ao mesmo tempo em que consolidava sua carreira como ator profissional na década de 80, tendo se graduado no DAD em 1992, em Interpretação Teatral. Formou-se em Mímica Corporal Dramática em Londres, onde morou por nove anos, sendo sete deles treinando e aprimorando seus conhecimentos. Parte de seus estudos do Mimo Corpóreo foi custeado pelo Governo Brasileiro, através do então Programa de Bolsas Virtuose do Ministério da Cultura.

Inscrições e informações sobre o curso no Núcleo de Projetos Especiais da CCMQ, pelo telefone (51) 3211-5608 e pelo e-mail: projetosespeciais@ccmq.rs.gov.br.

Texto: Vera Pinto
Edição: Redação Secom

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