Cavalo Crioulo é o novo símbolo do Rio Grande do Sul
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O governador Olívio Dutra sancionou o projeto de lei do Legislativo que inclui o Cavalo Crioulo como animal-símbolo do Rio Grande do Sul, reconhecendo-o juntamente com o quero-quero, como patrimônio cultural do Estado. A lei foi publicada hoje (27), no Diário Oficial do Estado. A Assembléia Legislativa votou o projeto no último dia 13. Uma das justificativas é que o Rio Grande do Sul atualmente possui 86,41% dos eqüinos da raça crioula do País. A prova mais importante da Expointer ? maior feira latino-americana de agropecuária ? é o Freio de Ouro, que testa a função e avalia a morfologia desta raça para o trabalho de campo, característico no estado. Embora concentrada no RS, a criação de cavalos crioulos espalha-se por outras regiões do País que passaram a conhecer as virtudes desta raça, como docilidade, rusticidade e resistência no trabalho com gado. De acordo com números da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), entidade sediada no município de Pelotas, a raça tem um rebanho de 135 mil eqüinos vivos espalhados por 23 estados brasileiros, como o Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Roraima, Rondônia, Pará, entre outros. E ainda por três países - Uruguai, Argentina e Chile. Atualmente, a raça fascina não só produtores rurais, mas encanta moradores da cidade que têm se dedicado a criação de crioulos. A atividade tem gerado empregos e movimentado a economia. Além da bandeira, brasão, hino-riograndense, o Estado têm como símbolos o quero-quero, e a erva-mate instituídos por lei em 1980. Também o brinco-de-princesa é a flor-símbolo do RS, reconhecida desde 1998. História e características Considerado o cavalos das Américas, o Cavalo Crioulo é descendente direto dos cavalos trazidos pelos colonizadores espanhóis. Pela seleção natural que sofreu, em territórios de diferentes topografias e submetidos a altas ou muito baixas temperaturas, o Cavalo Crioulo adquiriu os caracteres genéticos, que os tornaram resistentes e rústicos, podendo trabalhar arduamente sem ter suplementação alimentar, vivendo somente em campo nativo. A raça é mais desenvolvida no Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Atualmente a raça é aprimorada a cada ano, caracterizando o território gaúcho como o maior criatório do Brasil.