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CCGL investe mais de R$ 200 milhões em produção de laticínios

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A Cooperativa Central Gaúcha Ltda - CCGL investirá R$ 129 milhões em uma unidade de produção de queijos e secagem de soro de leite, em Cruz Alta, com financiamento de R$ 104,4 milhões do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, como segunda fase do investimento iniciado em 2006. O projeto foi entregue nesta terça-feira (2), na Casa do BRDE na Expointer.

A nova fábrica gerará 555 empregos, sendo 185 diretos e 370 indiretos, e beneficiará 160 mil famílias de produtores rurais - na maioria, mini, pequenos e médios agricultores familiares - de diversas regiões do estado, associados às 40 cooperativas que formam a CCGL. No total, serão beneficiadas 655 mil pessoas, o que atesta função social do BRDE de financiar projetos que tragam ganhos à qualidade de vida das comunidades onde atua. Vem, plenamente, ao encontro dos propósitos do banco, salienta o presidente da instituição Mario Bernd.

O início das operações desta segunda fase está previsto para 2011. O BRDE foi de extrema importância para viabilizar o empreendimento. Percebeu que o projeto não contempla apenas a instalação de uma indústria, mas busca, sobretudo, levar conhecimento e novas tecnologias ao produtor rural que está integrado, enfatiza o presidente da CCGL, Caio Vianna, ao destacar que o projeto vem sendo discutido com as cooperativas integradas. O Banco tem o foco no fomento socioeconômico e, por isso, atua em sintonia com os propósitos da cooperativa, completa.

Com as novas instalações, a capacidade de processamento de leite fluído da cooperativa passará de um milhão de litros por dia para 2,7 milhões de litros por dia. A produção de queijo deve chegar a 100 toneladas diárias, e a de soro de leite em pó, a 55 toneladas. Derivado da produção do queijo, o soro é utilizado como insumo pela indústria alimentícia. Do total investido, R$ 83,5 milhões serão usados na aquisição de máquinas e equipamentos, R$ 16,3 milhões em construções civis, R$ 16,5 milhões como capital de giro e R$ 12,6 milhões com outras despesas. O projeto visa, inicialmente, o mercado interno.

O investimento enquadra-se no Programa Integrado de Laticínos - Prolat, do BRDE, que apóia desde o produtor familiar até a agroindústria do leite. O objetivo do Prolat é oferecer melhores condições tecnológicas, proporcionando emprego e incremento na remuneração aos pequenos e médios produtores. O setor de lácteos é um dos que mais agrega valor e que tem em sua base de fornecedores o pequeno produtor, destacou Mario Bernd.

Unidade de beneficiamento leiteiro receberá mais recursos

O BRDE também liberará mais R$ 18 milhões para a conclusão do projeto de implantação de uma unidade de beneficiamento de leite da CCGL, iniciada em 2006, também em Cruz Alta. A unidade, que contempla a produção de leite em pó, leite evaporado e butter-oil (óleo de manteiga usado em indústrias alimentícias), teve R$ 70 milhões dos R$ 113,1 milhões investidos financiados pelo BRDE. No decorrer da implantação, foram necessárias adaptações e complementações nas obras em relação ao projeto inicial, o que resultou em um aumento de 5,9 mil metros quadrados na área construída, além de outras adequações na infra-estrutura do complexo.

Fundada em 1976, a cooperativa chegou a industrializar 70% do total de leite coletado no estado, contribuindo para que a produção gaúcha crescesse de 913 mil litros por dia, no ano de sua fundação, para 3,06 milhões por dia em 1996. O objetivo era criar uma alternativa econômica para os produtores rurais através da integração, diversificação e racionalização da produção, proporcionando a fixação das famílias no meio rural e o aumento de sua renda.

Na década de 1990, a CCGL afastou-se temporariamente da industrialização de leite e concentrou suas atividades no apoio à comercialização e exportação de grãos. A cooperativa atua como holding administradora do Complexo Portuário Termasa e Tergasa, localizado no porto de Rio Grande, e é hoje a principal operadora nesse segmento: através desses terminais, movimenta 74% da soja exportada e 95% do trigo expedido do RS, além de outros produtos, como milho, arroz e cavaco de madeira.

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