CEEE estrutura área para atuar no mercado atacadista de energia
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A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) instituiu uma Divisão de Mercado Atacadista, levando-se em consideração as remodelações do setor elétrico brasileiro. O titular é o engenheiro Ricardo Homrich, empregado da CEEE desde 1979, que tomou posse nesta quarta-feira (13), na sede da empresa, em Porto Alegre. A nova área irá atuar junto ao Mercado Atacadista de Energia (MAE), ambiente onde ocorre o processamento da contabilização da energia elétrica produzida e consumida no Brasil. Este setor, ligado à área de Transmissão da Companhia, começa a desempenhar as atividades junto aos segmentos de geração e distribuição de energia elétrica da empresa, visando atender, em primeiro lugar, o mercado da CEEE com qualidade, elaborar estudos e buscar conhecimentos, tendo em vista o novo modelo do setor elétrico nacional, que requer um reposicionamento diante das relações comerciais entre as empresas de energia elétrica e o mercado consumidor. Ricardo Homrich salienta que uma das atribuições da área será negociar no mercado de curto prazo (spot) a energia excedente, ou seja, aquela disponível pela Concessionária. As empresas geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica registram no MAE os montantes de energia contratada, assim como os dados de medição, para que desta forma se possa determinar quais as diferenças entre o que foi produzido ou consumido e o que foi contratado. A nova tendência aponta para uma relação mais competitiva entre as empresas do setor elétrico. O presidente da CEEE, Vicente Rauber, entretanto, adianta que não iremos entrar no campo da especulação, pois não condiz com a nossa filosofia enquanto empresa pública, preocupada em prestar os seus serviços da melhor maneira ao povo gaúcho. Ao mesmo tempo, complementa, é preciso ficarmos atentos e cientes de tudo o que acontece no mercado atacadista. Já Ricardo Homrich destaca que o Rio Grande do Sul possui um parque industrial muito significativo para o País, o que faz com que a empresa não possa ficar alheia às discussões e estabelecimentos de regras que regulam o mercado energético nacional. A criação desta estrutura surge para dar mais sustentação técnica não só à Companhia, como também ao setor elétrico brasileiro, acrescenta.