Centro Cultural CEEE Erico Verissimo sedia curso sobre Fellini
Publicação:
Nos dias 22 e 23 de julho, terça e quarta-feira, a obra do cineasta Federico Fellini será abordada no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), em um curso ministrado pela jornalista Fatimarlei Lunardelli. Promovido pela Cena Um, o curso apresenta a obra do cineasta italiano falecido há 21 anos. A partir do contexto da cinematografia italiana no pós-guerra, serão apresentados os elementos que constituem a estética do diretor, denominada pelo adjetivo "felliniano", que aponta na direção de uma poética formada pelo elemento onírico.
Influenciado pela psicologia junguiana, Fellini incorporou em sua obra as memórias, os sonhos e as fantasias. Permaneceu, no entanto, fortemente vinculado à realidade. Foi roteirista e diretor de uma filmografia de 25 títulos, dos quais vários são consideradas obras primas definitivas, cujos trechos serão apresentados em aula.
Serviço:
Curso Federico Fellini, O Maestro, com Fatimarlei Lunardelli
Data: 22 e 23 de Julho de 2014 (terça e quarta-feira)
Horário: 19h30 às 22h
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 – Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
Informações: cenaum@cenaum.com
Fone: (51) 9320-2714
www.cinemacenaum.blogspot.com.br
Fatimarlei Lunardelli
Jornalista com mestrado e doutorado em cinema pela USP. Autora dos livros Ô Psit: O Cinema Popular dos Trapalhões (1996); Quando Éramos Jovens: A História do Clube de Cinema de Porto Alegre (2000) e A Crítica de Cinema em Porto Alegre na Década de 1960 (2008). Foi professora de Teoria, Crítica e Análise fílmica na Unisinos. Produz e apresenta o programa de cinema Filmes & Trilhas na Rádio da Ufrgs.
Mais sobre Fellini
Autor de uma obra pessoal e, ao mesmo tempo, crítica da sociedade, o italiano Federico Fellini foi um mestre, um dos mais criativos diretores da história do cinema. Nascido na cidade de Rimini, em 1920, começou pelo jornalismo e entrou no cinema com a geração do Neorrealismo, após a Segunda Guerra. Mas logo iria tomar um rumo próprio, legando à história da arte, ao morrer em 1993, uma obra tão particular cuja estética singular converteu-se em adjetivo: felliniana.
Foi roteirista e diretor. Ganhador da Palma de Ouro em Cannes por A Doce Vida (1960); Roma (1972) e A Entrevista (1987) foi doze vezes indicado ao Oscar. Apresentou uma visão crítica da cultura de massas, do fascismo e da Igreja Católica ao longo de uma filmografia de 25 títulos, entre os quais se incluem obras-primas como Amarcord (1973) e 8 e Meio (1963).
Se não tivesse sido diretor de cinema, Fellini afirmava que gostaria de ter sido mágico, a outra profissão que, dizia, lhe permitiria dar expressão ao sonho espontâneo. O cinema que realizou, marcado pelo sonho e a fantasia, permanece como uma poderosa expressão artística que auxilia o ser humano a compreender a realidade da qual faz parte.
Texto: Mara Ione Guerra de Medeiros
Edição: Redação Secom