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Chuva dos últimos dias melhora condições das lavouras

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Com o retorno da umidade no solo, o plantio da soja deverá encerrar ainda neste mês. Atualmente, está semeada uma área de 91%, com 88% já germinados. As lavouras de soja se desenvolvem sem maiores dificuldades e as plantadas recentemente, mesmo com uma germinação irregular, deverão se recuperar com as chuvas previstas para os próximos dias. De acordo com o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, a ocorrência de chuvas beneficia várias culturas de verão. No caso do milho, na última semana, o plantio avançou apenas 2 pontos percentuais, chegando aos atuais 89%, com 49% das lavouras nas fases de floração e enchimento de grãos. A grande maioria das lavouras de milho apresenta bom desenvolvimento e expressa potencial de produção acima dos obtidos nos últimos anos. Com raras exceções, não são reportados casos mais graves de ataques de pragas ou doenças. A situação da cultura do feijão é normal na sua generalidade, mas com algumas lavouras, ainda de maneira pontual, necessitando de uma maior umidade no solo. As perspectivas de produção, até o momento, permanecem iguais ao projetado, mas dependem das condições climáticas nos próximos períodos. As atuais fases das lavouras do feijão, no RS, são de 7% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 24% em floração, 41% em enchimento de grãos, 13% maduros e por colher, e 15% colhido. A sanidade, no geral, também é considerada boa até o momento, com alguns casos de antracnose. A comercialização do feijão se intensifica nas áreas de produção, mas de maneira lenta, pois quem tem condições de armazenar o feijão desta safra vêm segurando o produto estocado, em razão dos baixos preços do mercado, valores esses que estão numa margem muito próxima do custo de produção da lavoura. Nesta semana, no RS, o preço médio da saca de 60 kg do feijão preto oferecido para os produtores foi de R$ 40,50, caindo mais 3,43% em relação à passada. Hortigranjeiros A grande evapotranspiração que vem ocorrendo, em razão das fortes temperaturas nesses últimos períodos, tem determinado o uso de muita irrigação para o bom desenvolvimento dos hortigranjeiros em suas várias fases. As espécies que são conduzidas a céu aberto são as que mais estão sentindo essa situação. Mesmo assim, a oferta nos mercados e feiras é normal, apenas com queda na qualidade de algumas olerícolas. Na Fruticultura, os pomares de figo localizados no Alto Uruguai se encontram em formação de frutos, com os agricultores realizando os trabalhos de controle fitossanitário. Entretanto, alguns produtores estão colhendo o figo verde para entrega à agroindústrias de conservas que elaboram doces em caldas, aproveitando receita antecipada. Hoje, os valores estão entre R$ 1,50/kg a R$ 1,80/kg. Na mais importante área de produção de uvas do Brasil, a região da Serra Gaúcha, intensifica-se a colheita da variedade Niágara, com ótima qualidade e tamanho de cacho. O viticultor está recebendo pelo quilo desta varietal R$ 1,20, valor médio na propriedade. Criações Na Pecuária, a ausência de chuvas em algumas regiões, até o momento, não tem causado maiores problemas. No entanto, traz consigo uma certa preocupação a alguns setores da produção pecuária. De uma forma geral, a umidade existente ainda propicia a manutenção de boa parte das pastagens. Na Bovinocultura de Corte, os produtores e técnicos relatam o registro de excelentes índices de reprodução (aparecimento de cio e níveis de prenhes), fato que está animando os participantes da cadeia produtiva, pois indica uma renovação e crescimento do plantel. Conforme estudo realizado pelo engenheiro agrônomo Luiz Ataides Jacobsen, da Emater/RS-Ascar, as exportações de carne bovina, realizadas pelo Rio Grande do Sul, cresceram nos últimos anos, tanto em valores absolutos quanto no percentual em relação ao complexo carne em geral. As exportações de carnes, pelo Estado, em 2005, somaram US$ 1.373.169.624,00, com o complexo carne responsável por 13,14% das exportações de 2005. Cabe destacar que, nos primeiros 10 meses de 2006, foram exportadas 71.070 toneladas, no valor de US$ 188.978.426,00 (FOB). No estudo, Jacobsen também informa que, além da tradicional exportação de carne, o Estado passou a exportar bovinos vivos. Foram contabilizados 43.873 animais em 2005, com peso médio de 207,67 kg, que totalizaram 9.111 toneladas e US$ 7.684.052,00. De janeiro até outubro de 2006 foram exportados 69.357 bovinos vivos, somando 15.440 toneladas e US$ 14.717.601,00 (FOB). Estamos no período de maior demanda de cordeiros para abate e, por isso, o mercado demonstra-se bastante animado. Segundo informação dos técnicos da Emater/RS-Ascar da região Central, a oferta de cordeiro é intensa e os negócios estão com boa fluidez. Há registro que a demanda por reprodutores também está aquecida, um indicativo da retomada dos investimentos na genética dos rebanhos que, segundo os técnicos, esteve bastante limitada nos últimos anos. No segmento da lã, a comercialização na região continua bastante lenta. No município produtor de Santiago, os compradores estão pagando R$ 4,50 o quilo por lãs oriundas de rebanhos da raça Ideal e R$ 2,20 o quilo por lãs grossas. Já na região Metropolitana e Litoral, prossegue a campanha de controle obrigatório da sarna ovina. O mercado de cordeiros, na região, está registrando uma leve tendência de alta. De uma forma geral, nas demais regiões produtoras do Estado o rebanho está apresentando um bom desenvolvimento.
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