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CIT comemora 30 anos com lançamento de publicação

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O Centro de Informação Toxicológica (CIT), departamento da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), comemora nesta semana seus 30 anos de atividade com a publicação dos dados do atendimento prestado à comunidade gaúcha no ano passado. O lançamento do livro Toxicovigilância e Toxicologia Clínica: Dados e Indicadores Selecionados – Rio Grande do Sul, 2005 acontece na próxima quarta-feira (16), na sala Multiuso do Santander Cultural (rua Sete de Setembro, 1028), precedido, a partir das 15h, de um seminário com a participação de autoridades nacionais do setor. Este é o início das atividades relativas ao Dia de Prevenção de Acidentes Tóxicos, em 20 de agosto. O centro possui uma equipe multidisciplinar de 52 pessoas, entre profissionais (médicos, veterinários, químicos, farmacêuticos, biólogos e bibliotecários) e estudantes das diversas áreas biomédicas, que prestam serviços 24 horas por dia, utilizando vasta documentação técnica como referência. Também são desenvolvidos programas em conjunto com instituições públicas e privadas estaduais, nacionais e internacionais. Desde 2002, o Estado instituiu o Dia Estadual de Prevenção de Acidentes Tóxicos. Todo o dia 20 de agosto, associações comunitárias, organizações não-governamentais e entidades privadas voltam sua atenção para os problemas que a falta de informação pode acarretar, levando a acidentes tóxicos. O Centro de Informação Toxicológica atende a população através do telefone 0800-780-200. No ano passado, o CIT/RS bateu o recorde no número de atendimentos: foram 22.458, contra os 18.150 de 2004. “Este ano seguimos no mesmo ritmo, mas infelizmente o número de casos é bem maior do que os que chegam até nós.” Anualmente, o CIT edita uma publicação com todos os dados de atendimento e intoxicação efetuados, classificando os dados por faixa etária, região e agentes de risco. O coordenador do CIT, Alberto Nicolella, destaca que o departamento é referência nacional em atendimento e estudo na área. Este ano, publicamos um trabalho que nenhum outro centro do país faz. Com 100 páginas, o livro traz muito mais detalhes sobre os casos. Além disso, adicionamos seis artigos científicos que os nossos profissionais produziram analisando os fatos mais freqüentes, relata. O diferencial do estudo neste ano é o detalhamento dos dados. Anteriormente, a intoxicação relacionada a qualquer tipo de remédio, por exemplo, era classificada como “por medicamento. Agora, o CIT subdividiu esta informação, especificando exatamente qual o número de casos para cada tipo de fármaco. Acreditamos que assim será possível trabalhar diretamente as causas de cada problema, tanto em campanhas quanto em mudanças na política de vigilância em saúde, explica o coordenador. O seminário terá a presença de 90 convidados de todo o país. O evento começa com a palestra da diretora do Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ilma Noronha, que falará sobre a história da rede de centros de informação toxicológica. A segunda apresentação do dia será sobre O papel dos Centros de Informação e controle no sistema de vigilância sanitária”, realizada pelo diretor-adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Norberto Rech. A palestra Sonhos e Pesadelos de uma Sociedade Intoxicada, com o antropólogo e psicanalista do Ministério da Saúde Eduardo Ribeiro, encerrará o evento. A publicação Toxicovigilância e Toxicologia Clínica será distribuída para todos os órgãos públicos e privados interessados na área, como faculdades de medicina, farmácia, enfermagem e psicologia. “Esperamos contribuir muito para a comunidade científica com este estudo e, a partir dele, melhorar o atendimento e o acesso à informação do público em geral, diz Nicolella.
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