Colheita do feijão se encaminha para o final no Rio Grande do Sul
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A evolução da colheita da safrinha de feijão no RS foi pequena, aumentando apenas 4 pontos percentuais, chegando aos 95% da área inicialmente prevista. Segundo o levantamento semanal sobre as culturas realizado pela Emater/RS-Ascar, isso ocorreu devido às condições climáticas com precipitações de média intensidade, mas constantes durante grande parte do período.
Mesmo que a comercialização esteja aquecida aqui no RS, com procura superior à oferta e preços altamente compensadores, a grande maioria dos produtores deverá estocar essa produção final da safrinha para manter sementes em suas propriedades a fim de semear a sua próxima safra.
A saca de feijão no RS, nesta semana, foi o maior preço médio nominal da história, R$ 119,32. A variação ocorrida foi de R$ 100,00/sc, na praça de Erechim, a R$ 150,00/sc, na praça de Lajeado. O valor atual encontra-se 193,75% maior que o preço no mesmo período do ano passado.
O período também não foi muito propício para a retirada do milho das lavouras, que se encontra maduro, avançando apenas três pontos percentuais em relação à semana passada e chegando aos 85% de área colhida. Na comercialização, o preço médio da saca de 60kg, praticado junto ao produtor, teve variação de - 0,82%, passando para R$ 24,11.
O plantio da safra 2008 do trigo avançou cinco pontos em relação ao período anterior, alcançando os atuais 35% de área plantada e marcando um atraso de
15 pontos percentuais em relação à média dos últimos cinco anos. Todavia, essa diferença não deverá preocupar o produtor, tendo em vista a probabilidade de um tempo mais seco para os próximos dias. Os 31% já germinados se desenvolvem normalmente. A umidade acumulada no solo tende a permitir um longo período sem necessidade de reposição, dando boas condições às plantas em crescimento.
Nos hortigranjeiros os preços continuam irregulares, com aumentos devidos a escassez de alguns produtos no mercado e queda de outros, em razão de acomodamento de mercado. A formação de geadas poderá refletir nos preços das hortaliças folhosas nos próximos dias.
Cebola - As boas precipitações ocorridas na semana contribuíram para o bom desenvolvimento das mudas nas sementeiras na região Serrana. A preocupação dos produtores agora é com o excesso de umidade, devido às chuvas, o que poderá prejudicar a qualidade das mesmas.
O plantio está previsto para a 2º quinzena deste mês para as variedades precoces. Há tendência de aumento de área em relação à safra anterior, podendo este aumento ficar entre 20% e 30%, principalmente em razão dos preços alcançados na última safra.
No Vale do Caí, maior região produtora de citros do Rio Grande do Sul, a colheita encontra-se em evolução, apesar de prejudicada, nos últimos dias, em decorrência da freqüência de fortes chuvas. A colheita, neste momento, ocorre em áreas com variedades de ciclo precoce, onde estão as bergamotas variedades Caí e Ponkan e as laranjas variedades Céu precoce (fruta sem acidez) e Umbigo Bahia (laranja de mesa).
O preço médio do boi gordo e da vaca gorda segue em alta. Segundo a pesquisa de preços realizada pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do boi gordo ficou na faixa dos R$ 2,49 o kg vivo, representado alta de 1,63%, e o da vaca gorda em torno dos R$ 2,28 o kg vivo, com alta de 1,79%. O campo nativo segue se mantendo em boas condições em que pese o aumento do número de dias de ocorrência de geadas e a intensificação do frio. O estado corporal e sanitário do rebanho geral permanece satisfatório, contudo, com a diminuição da disponibilidade de alimento, alguns pecuaristas estão adequando a lotação dos campos através da venda de animais.
O preço médio do quilo vivo de suíno tipo carne no mercado estadual apresentou alta de 0,43 %, saltando na faixa dos R$ 2,33 para R$ 2,34, na semana. Na região do Vale do Taquari e Caí, os criadores integrados estão recebendo entre R$ 2,20 e R$ 2,50, já para os não-integrados, o preço está na faixa dos R$ 2,00.