Comemoração aos 106 anos de fundação da CIC de Caxias do Sul
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Bom almoço a todos. A última vez que aqui estive era prenúncio de boa coisa, porque em meio à palestra-almoço do dia 9 de setembro, estava escuro lá fora, abriram as janelas. E, em meio ao almoço, nevou forte. Nove de setembro nevou forte, foi um prenúncio. E creio que nós temos hoje, depois de passados esses meses todos, mudam os prenúncios, embora Caxias sempre nos traga melhores notícias. Cumprimento o presidente da CIC, João Francisco Müller, a primeira-dama, Maria Helena Sartori, depois dele é que eu cito o prefeito, o anfitrião da cidade; os nossos deputados aqui presentes, os secretários, o presidente da Câmara de Vereadores, vereadores; deputado federal Ruy Pauletti. A gente sempre pergunta se preferem dizer a boa notícia ou a má notícia. Todo mundo fica em dúvida. Eu prefiro dar a má notícia, acho que ela não é mais surpresa: as finanças do Estado estão na pior situação que se encontram desde muito tempo. Agudizadas, por vários fatores, que, nas últimas três décadas, levaram daqui o que fizeram. Nós somos o primeiro em tanta coisa, mas somos o último em realização fiscal, em finanças do Estado. Portanto, eu vou dar a má notícia primeiro. Eu gostaria de dar para vocês, através da tela, que nós preparamos como da má notícia, aquilo que nos guia todos os dias, a fé que a gente tem, de que sim, que a gente atua, que a gente está no caminho, se a gente sabe qual é o caminho. Qualquer que seja a dificuldade, que a gente enfrenta, a gente sabe que tem solução. A solução nunca depende de uma pessoa só. Ela depende de uma série de coisas absolutamente objetivas; portanto, a nossa estratégia, estratégia de governo, que eu vou apresentar da maneira mais rápida possível, e a tática de governo também. A estratégia é fazer com que desapareça o hiato entre o pujante Estado e o combalido governo. Há um hiato entre os dois. Há um abismo entre os dois. E a nossa estratégia é construir todas as pontes necessárias para ir eliminando essa imensa diferença. E a tática é começar com respeito no uso do dinheiro público. Portanto, fazendo gestão. Eu não preciso falar mais do que isso, porque cada uma das senhoras, cada um dos senhores sabe - seja em qualquer atividade que tenha, seja um proprietário de empresa, funcionário de empresa, funcionários de órgão públicos, diretores, enfim. Gestão é uma exigência de um mundo sem inflação. Antes não se olhava para isso como sendo a tática para chegar a trilhar um caminho que, para todos nós, é um Estado melhor de se viver, embora ele já seja ótimo. Mas que ele não volte para trás, que ele sempre ande para frente. E para isso foi preciso, há um tempo atrás, romper a relação que existia entre o passado e o futuro. Nós paramos por mais de dez anos, porque não conseguimos revelar a grande doença da sociedade brasileira que era chamada inflação. Quando nós fechamos a porta da inflação, e para isso não precisou pouca coisa, e ainda precisa muito mais, para que ela seja estável, duradoura, sustentável, nós abrimos as portas do futuro. Então, é de hoje em diante, de cada passo que se dá no presente, que a gente abre, libera as janelas e as portas do futuro. Isso já passou há bastante tempo. Desde 1995, nós sabemos o que é preciso fazer, e de que maneira conquistar o futuro. Foi um conjunto de ações e formas que deram capacidade de a gente não se lembrar mais - os netos não se lembram, os filhos poucos se lembram. Nós nos lembramos sempre o que era viver atrás de uma forma como se proteger de um dinheiro que derretia, havia inflação, desgastava o tecido social. Até hoje não nos livramos dos problemas sociais gerados pelos esgaçamento do tecido social que a inflação nos trouxe durante décadas. O Rio Grande do Sul, pelas suas mais diversas razões, evolui - e o presidente [presidente da CIC, João Franciso Müller] nos colocou aqui que o progresso ou o futuro negócio depende da iniciativa privada. Mas se não tiver o governo associado a essa mesma direção, não adianta só a iniciativa privada. Nós, como governo, eleito por maioria, desde que nos propusemos a sê-lo, nós sabíamos das dificuldades que iríamos enfrentar. Mas dizíamos que a gente queria exatamente cobrir esse hiato entre a livre iniciativa, uma sociedade organizada, cooperativismo, associativismo, e as finanças de governo. Todos se lembram que nós propusemos um conjunto de fundos. Era muita informação para pouco tempo. Propusemos uma mudança na matriz de tributos. Mas isso foi feito em quinze dias, reconheço hoje, que não podia ser compreendido como a necessidade de fechar a porta do passado, para entrar em um futuro que todos nós desejamos. Mercado, sociedade, e governo andam juntos, na mesma direção. Então, eu preparei, e vou passar de uma maneira muito rápida, e vou deixar nas mãos do presidente uma cópia de tudo o que aqui vai ser apresentado. Nós herdamos problemas estruturais, como herdou o governo anterior, como herdou o governo anterior, como herdou o governo anterior. Se a gente não der o primeiro passo para mudar a estrutura, esse poço entre a vida normal e o governo só vai fazer aprofundar. Aprofundam-se também os problemas de segurança, nos fazendo ir para trás nos indicadores que nós tanto nos orgulhamos de ser os primeiros do Brasil, como o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH. A organização do governo nos dá estratégia. A situação das finanças, é para lembrar bem: nenhum recurso entrou a mais no cofre no governo do Estado. Aliás, entraram recursos a menos. Eu vou dar primeiro os números - não são muitos -, para mostrar que a crise é séria e que ela dura. Se a gente começar a enfrentar a questão estrutural que gera a falência das finanças do governo, nós vamos estar dando, dia-a-dia, o início do caminho que nos leva a transformar isso como foi no passado, com a inflação, em algo da história. Nós queremos que o déficit seja algo da história do Rio Grande do Sul. Vamos colocar, e eu vou deixar também alguns volumes aqui, das ações de governo em 180 dias - elas foram muitas. O Plano Plurianual, que nos leva para daqui a quatro anos, três anos e meio agora, e as oportunidades de investimento privados. Os problemas estruturais são aqueles que geram economia, mas não geram a riqueza necessária para o Estado na forma de imposto. Quais são os nossos problemas estruturais? Crescimento econômico irregular: nós crescemos mais que o Brasil quando o Brasil cresce, e decrescemos mais que o Brasil quando o Brasil decresce. Grande parte porque a locomotiva do agro-negócio sofre com as estiagens e com as perdas das safras. Agora, o que o governo tem que fazer é fazer ou induzir aquilo que movimenta as pessoas e as riquezas. Nós teremos competitividade setorial por diversas razões, desde a guerra fiscal até outros elementos como infra-estrutura que nos fazem perder competitividade em setores para os quais nós temos capacidade de exportar para qualquer sociedade de qualquer parte do mundo. Pode ser um retrocesso nos indicadores sociais. O mais importante deles, eu digo: continuamos a ser os primeiros em Ensino Médio. Isso quer dizer crianças que receberam investimento em educação há dezoito, há quinze anos. Mas somos o nono e o sexto, em indicadores de Ensino Fundamental de quarta e de oitava série, que agora vai ter nove séries. Mais trabalho, teremos que receber as crianças de seis anos na escola - e nos prepararmos para isso. E a crise fiscal com o déficit estrutural. A estrutura, agora que todo mundo sabe, principalmente para quem tem problema de coluna, tem que se prevenir. O que nós queremos é fazer o desenvolvimento econômico sustentável e sustentado. Esse é o primeiro eixo de ação do governo. O segundo eixo é dar qualidade de vida para um Estado que já sabe o que é isso. Tem perdido, mas nós queremos não apenas recuperar, mas ser primeiros, porque podemos ser primeiros em indicadores sociais. E um Estado a serviço do cidadão, não é acabar com o déficit pelo déficit, e sim permitir que, pela arrecadação de impostos, o governo faça a sua parte, coisa que não tem feito. Exatamente porque não tem finanças para isso. Nós juntamos as palavras finanças e gestão, e um exemplo eu dou. Nós cortamos 31% dos gastos de custeio. Nada parou de funcionar, pelo contrário, muita coisa está funcionando mais e melhor. Gestão é isso. Mas ainda falta muito mais a ser feito em gestão. Para isso, nós contratamos uma consultoria: Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade, consultoria em todas as áreas nas quais nos localizamos a possibilidade de fazer mais com menos recursos, fazer gestão. Os programas estruturantes serão feitos, porque os três blocos dividiram um projeto de lei que a Assembléia apoiou, aprovou, que são o do desenvolvimento econômico, do desenvolvimento social, finanças e gestão pública. Essas são as nossas secretarias. Nós temos o menor número de secretarias de qualquer estado do Brasil. E isso porque a nossa gestão, sem dúvida, é um potencial. É claro que nós vamos buscar, e estamos buscando boas experiências em toda parte onde elas se dão - em estados outros, em municípios outros. Mas o que nós temos a ensinar é algo bem maior do que nós temos a receber. Um exemplo: semana que vem nós vamos dar início à licitação para a certificação eletrônica, a eliminação de papel em todas as esferas dos três poderes. A agência Certificadora RS vai ser modelo para todo o Brasil, porque nós plantamos no passado tecnologia da informação. Acho que as empresas daqui sabem muito bem disso. Somos bons, mas, por falta de algumas outras ligações, às vezes, quando vamos pedir ajuda para a tecnologia da informação, a gente contrata serviços de fora daqui, sendo líderes na formulação de programas. Mais do que isso, eu acho que não precisa, câmaras setoriais é uma inovação, sim, do governo do estado do Rio Grande do Sul, Minas vai agora copiar, porque nós começamos. O que é uma câmara setorial? É sinergia, é agregar um conjunto de secretários que, juntos, trabalham para a mesma finalidade. Mas é mais do que isso. Quando nós estabelecemos os nossos programas estruturantes do desenvolvimento, o orçamento estadual dará orçamento aos programas trabalhados a partir das câmaras setoriais. Nós vamos inovar na proposta de orçamento este ano. Eu creio que gestão pública, finanças, infra-estrutura, seja segurança pública, o que mais interessa falar aqui, porque já um pouco - claro que eu recebi por escrito, vou responder por escrito, nós vamos dar encaminhamento de resposta ao presidente das questões que ele aqui colocou, inclusive segurança pública. Bom, eu não me orgulho da posição do Rio Grande do Sul, porque ser o primeiro é ser o primeiro em gastos com o pessoal, em ativos de pensionistas, ser o segundo em investimentos. Ou seja, onde tiver primeiro, nós somos os piores. Nós somos os piores em percentual total sobre receita de inativos e pensionistas. Segundos piores em investimentos sobre receita, o quarto pior sobre serviços da dívida e receita. Mas nós não somos gastadores em excesso. Nós somos o décimo quarto em gastar despesas correntes em relação à receita. Mas, por várias razões, nós somos o segundo pior em orçamento. Nós somos o segundo pior em resultado primário, o primeiro pior em passivo. Se a gente invertesse, a gente inverteria o maior produtor de mel etc. Mas, no resultado fiscal, por diversas razões que nós viemos para enfrentar, o quadro é esse. Eu acho que não há dúvida em relação a que era hora. Está na hora de a gente enfrentar essa situação. Nós somos citados em todo o Brasil como o pior em resultado financeiro. Por que não aparecia antes? Não aparecia porque não aparecia. Porque existiam formas de financiar, que não estão mais à nossa disposição. O deputado Alberto Oliveira muito bem como foram se esgotando as fontes de financiamento do déficit do Estado. Então, endividou-se no milagre econômico e depois nós tivemos que pagar uma dívida externa e uma dívida geral, que precisou da reestruturação da dívida em 1998 para todos os estados. Porque nos endividamos, tivemos inflação. Aí acaba o endividamento e é inflação, inflação, inflação, que financia como? Deixa eu atrasar um pouquinho, porque eu recebo no dia, mas pago 30, 60, 90 dias depois, eu pago metade do valor. A inflação financiou aquele período triste que veio até o Plano Real. No Plano Real, se fez a proposta de transformar patrimônio público em patrimônio público. Importante escolher os setores que podiam ser entregues à iniciativa privada. Na micro iniciativa, e todo o resultado da privatização foi para abatimento da dívida. Eu quero relembrar, senhoras e senhores, de que o objetivo era ter receita pela via da privatização, entregar a um setor privado que faria melhor do que o setor público vinha fazendo. Nesse período de 1995 a 1998, reduzimos o estoque da dívida. Apontava-se para o futuro em que a dívida externa poderia ser zerada. No período de 1999 a 2002, não fizemos diferente do que o Brasil fez. No período de 1999 a 2002, fez-se uma desvinculação de receitas de 100%. O que eu apanhei por querer de 20% não foi brincadeira. Aqui foi de 100%. E olha a maxi-desvalorização, super-safra, venda de ativos. De 1999 a 2002, endividou-se a curto prazo, mas permitiram que o déficit não aparecesse tanto. De 2003 a 2006, lei da responsabilidade fiscal aprovada em 2001. Não tem mais inflação, porque não se pode mais endividar. Foi feito como se pode fazer, a taxa do caixa único, depósitos judiciais, continua a reduzir investimentos. O aumento temporário dos seguros, que terminou no dia primeiro de janeiro deste ano, endividamento de curto prazo, eu cito sempre que se os fornecedores, e o décimo terceiro do Banrisul. Quando nós assumimos, nós mudamos. Ao mudar algumas ações, nós tivemos para desenvolvimento econômico sustentável - eu estou citando apenas algumas: rota do sol; na área avícola; fundo RS energia; atração de investimentos privados; equipamentos que doamos ao Governo Federal para termos aqui o pólo da eletroeletrônica; plano estadual de irrigação; e a agilização de licenciamentos ambientais. Em relação a isso, eu quero dizer ao senhor Randon, que só depende agora dele, que ele possa montar a sua fábrica. Ele vai ter que achar uma área equivalente, porque a licença hoje já saiu, assim como tem saído para todos os setores industriais e silvicultura. Ele que não me cobre depois, depende dele. Vamos ao desenvolvimento social: é um novo modelo de ação. É uma modernização das ações do Estado, que fazem parcerias com o segundo e terceiros setor, com as empresas e com as organizações sociais com interesse público. Primeira Infância Melhor: baixar cinco metas, os senhores sabem muito bem o que é isso. A gente tem que estabelecer metas para avaliar se a gente está chegando nelas ou não e por quê. Primeira Infância Melhor é o meu coração. Se a gente proteger as crianças agora, com quinze anos, elas serão menos sujeitas a uma sociedade com violência. Todos os empresários que já escolheram a sua responsabilidade social sabem. Políticas públicas para mulheres: Fundamentalmente, a sociedade faz recair sobre as mulheres a concentração de pobreza e concentração de violência. Empoderá-las, capacitá-las, prepará-las é o nosso objetivo. Alfabetização de crianças com seis anos também vai ser um modelo para todo o Brasil. Transporte escolar: o senhor prefeito nunca fez isso, que eu sei. Sempre deu transporte escolar para todos os alunos. Desde que eu assumi, não sei o que está acontecendo, estão querendo me cobrar isso. Todos, em geral. Mas eu falei: vocês já eram prefeitos antes. E há uma movimentação para cobrança de coisas que vem lá de 2001, 2002. Se eu colocar os números das finanças, e eu repito, mesmo que eu quisesse, eu não compro dinheiro. O dinheiro vem em um amplo programa de crescimento, eliminação dos nós para o crescimento econômico. Vem de uma estrutura de arranjos produtivos e daí por diante. Todos sabem: investimentos, principalmente, fazem o desenvolvimento econômico. Transporte escolar, eu quero relembrar, são R$ 44 milhões esse ano. Nunca se pagou transporte escolar nesse valor. E ele só vai ser pago, porque está reservado no caixa. De combate à dengue, doença nova, os senhores viram de que maneira a gente cercou a dengue. Ela não se espalhou, agora, por favor, o mosquito dura mais do que a gente. Quando voltar o calor, as larvas estão aí. Então, vamos nos ajudar a educar para que não se deixe nenhuma larva de mosquito viva até a volta do verão. E gestão pública e finanças, eu não vou citar tudo que foi feito. Eu vou citar os resultados: corte de 31% em custeio, a eliminação de cargos de confiança, que já não são muitos no Estado, mas puderam ser cortados. Projeto de lei que a Assembléia aprovou. Mas, principalmente, um item que vai pautar toda a minha atuação depois que nós escolhermos o grupo, e nós teremos quatro anos de dedicação exclusiva e integral à vida pública. Senhores que têm vida pública, senhoras que têm ação na vida pública sabem muito bem. Para governar o Estado, não se pode fazer outra coisa. É uma dedicação integral, quatro anos, e em quatro anos dá para mostrar déficits, taxas de crescimento, ampliação das formas de se investir, infra-estrutura de governo com PPPs, logística, e daí por diante. Em relação à logística, eu quero dizer o que eu ouvi do presidente [presidente da CIC] no aeroporto. Quando eu olho o Estado, não foi por outra razão que nós resolvemos empreender essa ação política de governar o Rio Grande do Sul. Não é possível que, por várias razões, nós achemos que não merecemos o dobro da rota do sol, o dobro das estradas que levam produção e pessoas. Não é possível achar que um município do porte de Caxias não possa ter uma plataforma logística. É bem mais do que um aeroporto, porque é daqui que se processariam as formas de transporte, meios de comunicação, e o governo, secretário Daniel Andrade, que eu pedi que viesse aqui junto com o secretário Paulo Fona, exatamente porque é nessa região que a questão da competitividade bate forte e ela tem a ver com infra-estrutura e logística. Por isso que nós criamos a secretaria de Infra-estrutura e Logística. Eu considero o aeroporto de Caxias, que deve sair, já que a nossa parte do governo vai sair. Assim como estamos pedindo a todos os esforços, para que na parte da Anac, o sítio seja liberado. Aí é com a Anac, mas vamos fazer a força política para isso. O prefeito já se comprometeu que, depois de tirados os entraves, o terreno estará à disposição - e depois uma PPP resolve. O maior interesse de todos é que estejamos juntos nessa grande obra de logística. Mas nós não vamos abandonar Canela, não. Como é que nós não temos os regionais que o Paraná tem? É justamente o saneamento das finanças que vai permitir que a gente seja o estado que a gente sabe que pode ser. Com uma planta, uma rede de regionais maior do que esta. Aos pouquinhos, eu vou me lembrando do que é que o nosso presidente nos pediu. Mas eu quero dizer que nós estamos, pela gestão, fazendo mais com menos. E aí tem o presídio. Não dá para entender como é que o presídio não terminou. Os agentes já estão contratados. Como é que um governo com um caixa desses pode contratar gente? Porque estudou durante três meses a maneira pela qual a contratação permanente dos agentes com dinheiro em caixa custasse menos que os valorosos brigadianos que faziam esse serviço, se deslocando daquilo que é a sua função, que é estar na rua com a população, passando junto com a população todos os fatores de insegurança, transformando isso em um fator de segurança. Segurança Pública: olha, nós arrecadamos 13% do que o Governo Federal recebe. Recebemos 8%. Esses 5% não são nossos. Então, passo por passo, nós estamos buscando como governo fazer gestão integrada com o Governo Federal. Segurança é isso. Graças à segurança feita pelo gabinete de gestão integrada, Polícia Federal, Polícia Civil, Brigada Militar, nós vamos firmar um convênio com o Governo Federal, que nossas forças policiais vão fazer o que a Polícia Federal não está conseguindo, que é tomar conta da fronteira, cuidar da pirataria. Nesse assalto em Bom Jesus, R$ 3 mil roubados. Nós barramos outras formas pela qual o dinheiro fluía muito rapidamente em ações de segurança pública. Nessa ação de Bom Jesus, nós tínhamos helicóptero parado há dez anos no chão. Nunca voou. Então, nós montamos o gabinete de gestão integrada, o Governo Federal consertou o helicóptero. Gestão integrada é convênio anti-drogas, anti-pirataria. Deixa que a gente faz, mas me dá as condições. Por enquanto, o Estado tem gasto o seu, para cobrir minimamente aquilo que deveria ser função do Governo Federal. E pelo contrário, nós não estamos brigando com o Governo Federal, não. Nós vamos quarta-feira fechar o PAC do saneamento. Nós estamos trabalhando em gestão integrada em educação em todas as áreas. Vocês sabem que, quando aparece o mapa do Rio Grande do Sul no mapa da estratégia de longo prazo do Governo Federal, o mapa do Rio Grande do Sul é branquinho, não aparece nada. O Brasil deve pensar que a gente é rico, que a gente não tem pobreza. A união política que vai poder, por exemplo, chamar como fundo perdido, como receberam o centro-oeste, o nordeste e norte, o que não pagam a Sudan, a Sudene e a Sudepe de volta, com o fundo constitucional a fundo perdido. Onde está ele? Nos nossos 5%. Mas nós queremos sensibilizar o Governo Federal para nos ajudar a fazer aquilo que nós sabemos e que precisamos. Como é o caso específico, o secretário Daniel Andrade já está semi-aberto, que o Tribunal de Contas da União nos libere o Trensurb. Que o Governo Federal nos libere a ação da Ceee, parou de entravar. Há uma boa vontade mútua. Se o Rio Grande do Sul não for bem, o Brasil pára. Então, há uma boa vontade mútua entre Governo Federal, principalmente depois disso que nós fizemos no campo da gestão – e parece que tem sempre de vir de fora. O Banco Mundial disse que faria do modelo do Rio Grande do Sul o modelo para todo o Brasil. E já iniciou a sua mudança de programação para ajudar os estados. Quais são os nós estruturais que nós nos dedicamos desde a campanha e diariamente? Nós temos déficit porque toda cobertura de inativos, servidores públicos é feito pelo tesouro do Estado, pelo nosso imposto. Criamos os fundos se a Assembléia nos permitir. E eu gostaria que fosse unânime. Nós criamos os fundos de garantia, ou seja, fundo é um papel que rende juros. Hoje, crescentemente nós estamos pagando os inativos com empréstimos, portanto pagando juros, para pagar a folha. A previdência está nos atacando. Segundo, dívida. A previdência é, de longe, o maior gasto que a gente tem sobre a receita. Metade dela é dívida de 18%. O Banco Mundial veio e me perguntou qual é a marca que eu queria deixar nesses quatro anos de governo, eu disse que quero deixar um sistema de previdência encaminhado. É só assim que o futuro será feito com finanças sem déficit. E o terceiro, quem já passou por isso, e todos nós passamos em casa, nas empresas, nas entidades públicas: ainda se gasta mal e se arrecada mal. Então, gestão é a terceira perna do ataque estrutural das pontes do déficit. Eu botei R$ 1,2 bilhão, o déficit é de R$ 2,2 bilhões. A Assembléia nos aprovou de que maneira eu posso negociar o pagamento de R$ 1,6 bilhão de atrasados de curto prazo. Nós vamos fazer leilão eletrônico, tudo muito claro. Não dá para brincar. E nós não amoleceremos um dia sequer nesse caminho que nos permitirá, equacionando as questões estruturais, entregar o próximo governo sem déficit. Mas até o final do ano, falta R$ 1,2 bilhão e nós não temos de onde tirar. A crise fiscal é séria. Está sendo atacada com vigor, e não vai nos impedir de avançar na construção coletiva de um novo Rio Grande. Ele é novo, porque, como na inflação, nós queremos que ninguém se lembre de finanças com déficit. E isso é novo. Há mais de 30 anos que não é essa a nossa realidade. Eu tenho umas notícias interessantes até para vocês verem o que é novo. Pedágio: o pedido é que a gente deixe a CPI ir adiante. Desde o primeiro dia deste ano, nós estamos trabalhando para solução daquilo que eu vi várias vezes, e disse. Aonde tiver litígio, nós vamos abrir o litígio. Há um litígio em Caxias e esse litígio vem de muito tempo para cá. Existe um termo aditivo ao contrato original de pedágios, que retirou do contrato, e isso o presidente me pediu. Não fui eu, mas o contrato está aí. Abrimos o contrato. Quando abrimos o contrato, vimos que Caxias precisa muito mais do que isso. Vamos cobrar só aquilo? Então, nós negociamos. O secretário Daniel é o condutor dessa ampla negociação e eu queria apresentar algo que nós recebemos e como a solução que contratualmente vai se apresentar no dia 18 próximo. Foi um pedido que eu fiz, a negociação foi feita, não estava incluído no contrato. A Concessionária teve que incluir a duplicação do trecho urbano de Caxias do Sul, de três quilômetros. O que de morte vai ser evitada não é brincadeira. Segundo ponto: não estava no contrato, dia 18 estará. Terceiro: bem diferente do contrato original, a intersecção entre a 122 e a 453, com variantes para Farroupilha e Flores da Cunha, será feita neste desenho. E, por último, é como digo: eu hoje vi lá na capa do Pioneiro o velho contrato. Eu estou apresentando para vocês o novo contrato. E o novo contrato vai fazer a isenção de 50% da tarifa para veículos de passeio, o trecho da 122 e 453, a duplicação daquele trecho da morte, o viaduto da 122, sem contrapartida do Estado, sem ampliação do prazo de contrato para terminar toda essa obra que vai se iniciar em breve, até o ano que vem. O contrato vai ser cumprido com a mudança da taxa de pedágio, que é um enorme litígio. Tudo que está escrito no contrato. Eu sou uma pessoa que assino, mas às vezes eu não assino, e fico brava quando me pedem para assinar. Então, eu quero apresentar para vocês um sonho meu: resolver a questão do pólo de Caxias, cumprindo o contrato, ampliando-o em relação a esses recursos que a concessionária colocará seus, sem nenhuma contrapartida do Estado e com diminuição do custo para aqueles que passam no pólo. Eu vou deixar uma cópia do Power point da notícia ruim para o nosso presidente, mas eu vou deixar também uma cópia dessas quatro inovações que é a notícia boa. O resto da notícia boa depende do Randon. De minha parte, força-tarefa e meio ambiente, os resultados são espetaculares, dentro da lei, com respeito integral à lei, sem litígio, sem confronto, por uma razão muito simples: eu acho que é a razão que levou todas as senhoras e senhores a serem bem educados. Como a nona que vocês tinham em casa, que quando tinha que falar falava, mas depois de contratar cumpria. É isso que nós queremos fazer, com transparência, com determinação para quatro anos. Para que a gente possa apresentar antigos litígios, que quando a gente ascende, a luz da negociação desaparece. Aos poucos, eu creio que esse novo jeito de resolver as coisas, os senhores terão em ações práticas. Parabéns 106 anos da CIC de Caxias. Pode não ter nevado. Eu fiz questão que esse fosse um inverno quente, portanto doação à campanha do agasalho, por favor. Parabéns a vocês pelos 106 anos, obrigada pela oportunidade de estar com vocês, celebrando essa instituição que orgulha Caxias e toda a serra. Obrigada.