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Comunidade Indígena do Cantagalo divulga sua cultura em Viamão

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Comunidade Indígena do Cantagalo divulga sua cultura em Viamão
As visitas podem ser agendadas e a contrapartida é a compra de artesanato e a doação de alimentos - Foto: Maristela Rempel Ebert/Emater RS-Ascar

A Comunidade da Terra Indígena Jata´ity, de Viamão, em parceria com a Escola Estadual Indígena Karaí Arandu, promove a vivência Valores da Cultura Mbya Reko. Com diversas atividades, como diálogo sobre a cultura, grupo de canto e dança, trilha, danças, jogos, pintura corporal e pilão, as atividades ocorrem nos dia 19, 21 e 26 de abril.

A comunidade Guarani do Cantagalo fica numa área de 250 hectares, rica em fauna e flora, onde vivem 42 famílias, cerca de 170 pessoas. Desta área, boa parte é mata nativa e uma área pequena é utilizada para cultivo agropecuário, sendo destinada uma parcela de 0,20 hectare por família.

Desde os anos 80, os Guarani do Cantagalo vivem da extração, produção e comercialização do artesanato tradicional, turismo rural e auxílios sociais (como o Bolsa Família), entre outras políticas públicas. Atualmente, as casas têm luz elétrica, e a comunidade conta com um posto de saúde e uma escola estadual de nível fundamental e médio, que procura articular o conhecimento dos Guarani, inclusive com professores locais.

Por meio de diversas políticas públicas e de parceria com entidades afins, a Emater, conveniada da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, desenvolve ações coletivas de promoção da inclusão social e produtiva, segurança e soberania alimentar e geração de renda, buscando diminuir as diversas vulnerabilidades sociais, econômicas e culturais das comunidades indígenas.

As visitas podem ser agendadas pelos telefones (51) 99594-3397, com Olga, e (51) 99945-3830, com Jaime. A contrapartida para a vivência é a compra de artesanato e a doação de alimentos (ao agendar, consultar lista).

Da horta para a escola

No segundo semestre de 2016, em parceria com a escola local, quatro famílias da comunidade se organizaram para fornecer produtos para a alimentação escolar. Por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os indígenas entregam milho, aipim, alface, repolho, pimentão, cenoura, beterraba, cebola e tempero verde, entre outros.

"Esse esforço resultou no significativo avanço na implementação de projetos socioprodutivos de avicultura colonial, fruticultura e horticultura, melhorando a alimentação das famílias", destaca a socióloga e extensionista social da Emater/RS-Ascar de Viamão, Maristela Rempel Ebert.

Para 2017, a ideia é tornar a comunidade autossuficiente, ampliando a produção de alimentos. "Mais uma família se somou ao grupo de produtores e fornecedores para a merenda escolar, incluindo a produção de feijão", ressalta Maristela.

Além da escola, os indígenas produtores, vendem os alimentos para os vizinhos e o excedente está sendo negociado para comercialização, via Cooperativa Mista Campos de Viamão (Comcavi) de agricultores familiares do município, e na feira local, realizada todas as sextas-feiras, na Praça Central Tapir Rocha.


Texto: Adriane Bertoglio Rodrigues/Ascom Emater RS-Ascar, com apoio da extensionista Maristela Rempel Ebert
Edição: Denise Camargo/Secom 

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