Construção da Usina de Garabi é prioridade para a Argentina
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A construção da Usina Hidrelétrica Binacional de Garabi é prioridade para a Argentina. A garantia é do ministro de Energia argentino, Daniel Cameron, que participou da instalação oficial do Grupo de Trabalho Interestadual (GTI) ao lado do secretário estadual de Energia, Valdir Andres, em Buenos Aires. Segundo Andres, Cameron apresentou a visão argentina do projeto, propondo a construção de duas hidrelétricas no rio Uruguai, cada uma com potência instalada de 900 MW, nas regiões de Garruchos (noroeste gaúcho) e Rincão Vermelho (em Porto Xavier). O governo argentino fará o que for possível para viabilizar a Usina de Garabi, declarou Cameron. A reunião com integrantes brasileiros e argentinos do GTI ainda debateu a definição de um marco regulatório do empreendimento, os parâmetros legais e os critérios para licitação da obra. Confirmamos a intenção de realizar todos os estudos necessários à implantação do projeto até o final de 2005, quando seria definido um marco institucional para a execução efetiva da Usina de Garabi em parceria com a iniciativa privada, relata Andres. O cronograma ainda projeta para 2006 a consolidação dos atos binacionais e a licitação do empreendimento, que teria o início de geração da energia em 2010. O investimento previsto pode ultrapassar os US$ 2 bilhões previstos, diz Andres. O presidente da Ebisa (a Petrobras argentina), Hermínio Sbarra, esteve presente na instalação do GTI, ao lado do presidente da CEEE, Antonio Brites Jaques, do diretor da Sulgás, Ari Rogério de Marco, do chefe de gabinete da Sedai, Luiz Fernando Righi, do secretário executivo do Codesul, Valter Nagelstein, e do diretor técnico do Grupo de Trabalho Binacional de Garabi, Newton Brunelli. Saiba mais sobre Garabi - O Grupo de Trabalho Interestadual (GTI) foi institucionalizado em janeiro deste ano através da assinatura de um protocolo de intenções pelos governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e das províncias argentinas de Corrientes, Ricardo Colombi, e de Misiones, Carlos Rovira. - US$ 2 bilhões é o investimento previsto para o projeto; - A capacidade de produção está estimada em 1800 MW, aproximadamente a metade do consumo atual do Estado; - A obra vai gerar 10 mil empregos diretos temporários e 1000 permanentes. Também devem ser criados 30 mil postos de trabalho indiretos; - O empreendimento deve entrar em operação em seis anos; - A localização da usina será entre o Estado do Rio Grande do Sul, no lado brasileiro, e as Províncias de Misiones e Corrientes, no lado Argentino.