Consulta Popular tem 24,38% a mais de votos
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A Consulta Popular deste ano, realizada no último dia 11 de agosto nas 24 regiões do Estado abrangidas por Conselhos de Desenvolvimento Regional (Coredes), somou 575 mil votos nas mais de 3 mil urnas colocadas à disposição, contra 462.299 em 2003. A diferença é de 112.701 votos a mais, o que corresponde a uma participação 24,38% maior que na edição anterior. Do total de eleitores, 6.224 votaram pela internet, o que significa 98,41% a mais de votação eletrônica em relação a 2003. Os números foram divulgados hoje (18) à tarde pelo governador Germano Rigotto, no Palácio Piratini. As prioridades indicadas na Consulta - coordenada pelo vice-governador Antonio Hohlfeldt - dizem respeito a estradas, segurança pública, saúde, educação e projetos de agricultura, ambientais e de trabalho e assistência social. A Consulta Popular é um processo que será continuamente aperfeiçoado, e o fato de termos crescimento no número de eleitores demonstra, a meu modo de ver, uma grande aceitação da forma como buscamos a participação da sociedade nas decisões de governo. Não há como governar sem participação popular, afirmou Rigotto. Destacou também que o interesse da população nesta edição foi surpreendente, apesar do ano eleitoral, que poderia ter reduzido a mobilização. Rigotto reforçou que as ações definidas como prioritárias na Consulta devem estar à frente no planejamento das secretarias de Estado. Destaques Em Porto Alegre, votaram 6,6 mil pessoas, 131,58% a mais que na Consulta anterior, quando participaram 2.850 votantes. O Corede da Fronteira Oeste foi o que registrou maior votação, com participação de 50.573 eleitores (91,99% a mais que em 2003). Destacaram-se também os Coredes Noroeste Colonial, com 46.542 votos (40,28% além do ano passado), Paranhana-Encosta da Serra, com 23.839 (crescimento de 107,62%) e Metropolitano Delta Jacuí, que inclui a Capital, com 42.938 (aumento de 113,60%). Dos 496 municípios do Rio Grande do Sul, apenas dez (entre eles, Porto Alegre) não organizaram Conselhos Municipais de Desenvolvimento (Comudes), condição legal indispensável para ter projetos locais incluídos na Consulta. Nas localidades onde não há Comudes, os habitantes elegem apenas prioridades regionais. Para o custeio de ações apontadas pelas comunidades gaúchas como preferenciais em suas respectivas regiões, estão reservados 3% do Orçamento do Estado. O valor equivale a R$ 337 milhões, dos quais 30% serão aplicados em obras de interesses municipais e 70% em realizações de interesses regionais. Na próxima segunda-feira, estará definido o quanto caberá a cada região. Rigotto ressaltou que a parcela destinada a obras da Consulta é inferior ao que o Governo do Estado gostaria, em função das dificuldades financeiras, mas que isso não tem impedido a motivação das comunidades em se manifestar. Participaram também da divulgação dos resultados os secretários da Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres, e de Obras Públicas e Saneamento, Frederico Antunes, o secretário-executivo do Gabinete de Políticas Públicas do vice-governador, Eduardo Krause, o subchefe da Casa Civil, Mauro Sparta, o presidente do Fórum Central dos Coredes, Flávio Schneider, e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Janir Branco.