O MARGS e a Secretaria de Estado da Cultura apresentam, a partir de terça-feira (13) a mostra de acervo Caminhos da Cerâmica. A exposição traz 17 objetos que enfocam especialmente a produção do Rio Grande do Sul. A mostra pode ser vista até o dia 27 de fevereiro, de terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada franca. A cerâmica como expressão artística é uma atividade relativamente nova no Estado. Antes da chegada da alemã Luise Endter, em 1929, tudo o que se fazia com barro cozido eram peças essencialmente utilitárias. Em 1935, Luise recebeu a medalha de prata na exposição comemorativa do Centenário Farroupilha, fato que marcou o reconhecimento oficial da cerâmica como modalidade artística. Mesmo sendo uma das mais antigas técnicas criadas pelo homem, em alguns casos a cerâmica ainda é considerada como mero artesanato, ou como uma arte menor. No entanto, alguns representantes históricos, como as ânforas e vasos da Grécia antiga, a rica produção Marajoara brasileira, a longa tradição chinesa na arte do barro e alguns trabalhos desenvolvidos na Europa renascentista trazem a consciência do importante papel que a cerâmica artística vem desempenhando ao longo dos tempos. Em Caminhos da Cerâmica o MARGS tenta recuperar um pouco da trajetória percorrida por esta modalidade de arte, bem como evidenciar seu valor intrínseco. A mostra concentra-se na produção do Rio Grande do Sul, trazendo 13 obras de artistas gaúchos como Hilda Goltz, Vasco Prado, Wilbur Olmedo, Nilton Maia, Luiza Prado, entre outros - além de duas peças que foram incluídas na mostra a título de ilustração arqueológica: um exemplar pré-colombiano da cultura Quillacinga e três fragmentos de piso decorado datados do século XVIII, provenientes das Missões Jesuíticas. Também integram a exposição trabalhos que ilustram abordagens estilísticas não representadas por artistas locais no acervo do MARGS, como duas peças (premiadas em salões gaúchos de arte) da paulista Célia Cymbalista e da argentina Vilma Villaverde.