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Convergência para transformar o futuro

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Por Claudio Gastal

No início dos anos 2000, aprendi um conceito chamado “fatos portadores de futuro”. De acordo com a teoria, trata-se de algo que divide o passado e o futuro. Um ponto do presente que impacta os tempos vindouros e transforma a realidade. Seja ela de uma cidade, região, Estado, país, ou mesmo a vida de cada um. Acredito que o que vivemos com o South Summit na última semana pode ser, sim, um fato portador de futuro. Mas ele não se faz sozinho, não reverbera de forma solitária. Ele depende de uma conjunção de fatores e relações de causa e efeito.

O South Summit deixou seu legado antes mesmo dos três dias intensos que vivemos na última semana. O legado foi a capacidade de fazer junto: um grupo de empresas, de gestores públicos e outros atores, todos convergindo no mesmo caminho. Já foi construído muito antes do evento ser realizado. Agora cabe a nós, cada vez mais, agregar pessoas para que esse fato portador de futuro seja uma realidade que transforme o nosso país, o nosso Estado e a nossa cidade.

Pode ser uma certa ousadia considerar o South Summit um fato portador de futuro, mas acredito que seja possível se nós conseguirmos construir uma convergência para transformar o futuro. O que aconteceu no Cais Mauá pode ser aquele gatilho que faz com que as coisas se desenrolem de maneira coordenada em busca de objetivos.

O grande legado que estamos tendo é a possibilidade de uma convergência entre diferentes atores. Independentemente de posição: pública, privada, terceiro setor, município e Estado. Nós pudemos efetivamente perceber o que é possível quando você junta, acolhe e busca consensos. É possível fazer algo grande. Ouvi de alguém que admiro uma vez: fazer é bom, fazer bem feito é melhor, mas fazer bem feito e junto é divino.

A capacidade de fazer junto rompe barreiras, vence obstáculos, mobiliza, e permite a construção de um propósito comum entre vários atores. A transformação do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, especificamente, em um ecossistema de inovação, espaço de criação, empreendedorismo e desenvolvimento econômico não surgiu agora. Ela é uma caminhada na qual várias pessoas colaboraram.

Mas coube a nós neste momento do South Summit fazermos esse ponto de inflexão, trazendo a Porto Alegre um grande olhar sobre a temática de startups, inovação e empreendedorismo. Amanhã serão outros, mas é importante termos a consciência de que cada um deve fazer aquilo que está no seu alcance, no seu momento histórico. E passar o bastão da melhor forma possível para que a construção continue. Lá adiante, quem vai poder olhar para trás e agradecer essa caminhada são as gerações futuras.

Em 2023, temos o desafio de fazer melhor. Não só governo, prefeitura, empresários envolvidos ou empresas patrocinadoras, mas toda a sociedade gaúcha tem a responsabilidade de fazer melhor.

Secretário de Planejamento, Governança e Gestão

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