Cooperativa retoma produção de peças de reposição da Enxuta
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A marca Enxuta vai voltar ao mercado. Até o final do mês, será retomada a produção de peças para abastecer a rede de assistência técnica das máquinas da Enxuta. No início deste mês, em acordo intermediado pela Sedai, a Cooperativa de Produção Industrial de Eletrodomésticos Caxias Ltda. (Eletrocoop) assinou contratos para uso da marca, imóveis, software e equipamentos da fábrica de Caxias do Sul, que estava fechada desde novembro de 2001. ?São mais de 300 pontos de vendas em todo o país que retomam a condição de garantir assistência técnica e peças de reposição às secadoras de roupas, lava-louças e máquinas de lavar. Vamos ligar a energia elétrica no início da semana, informa o Coordenador do Programa de Economia Popular e Solidária da Sedai na Região da Serra, Edson Pilatti. Em uma primeira etapa, será retomada a produção de peças plásticas injetadas, tais como as tampas, gabinetes, câmaras e turbinas das máquinas, e também as resistências da secadora de roupas e outros componentes. O secretário-geral da Eletrocoop, Ivan Oliboni, informa que a cooperativa já conta com 350 associados, todos ex-funcionários da Enxuta. Na fundação da cooperativa, em 13 de abril, eram 246 os ex-empregados associados. O fornecimento de peças à rede de lojas revendedoras e de assistência técnica se dará através de uma central de distribuição estabelecida em Caxias do Sul. Além de retomar a produção de peças para reposição, os funcionários da Eletrocoop estão trabalhando intensamente na limpeza da fábrica e manutenção das máquinas que estavam paradas desde novembro do ano passado, quando a empresa parou a produção devido a dívidas e falta de capital de giro. Com a marca Enxuta eram produzidos eletrodomésticos desde 1981. No último mês de atividade, a empresa tinha um contingente de 750 funcionários que ficaram desempregados. As secadoras fabricadas pela empresa de Caxias do Sul abasteciam 85% do mercado nacional, as lava-louças, 46%, e as lava-roupas, 22%. A Enxuta, chegou a recolher R$ 7,8 milhões/ano em ICMS. A Sedai, através do Programa de Economia Popular Solidária, mobilizou os ex-empregados, obteve apoio da Prefeitura de Caxias do Sul, constituiu um grupo de trabalho que assessorou os funcionários na elaboração do projeto econômico-financeiro e, também, na parte jurídica para a constituição legal do empreendimento.