Um seminário a ser realizado em Porto Alegre até o fim de 2017 foi um dos principais resultados do evento internacional Competitividad del Corredor Bioceánico Central en el Mercado Asiático, que ocorreu em Coquimbo, no Chile, na última semana. O encontro no Rio Grande do Sul vai apresentar, aos gaúchos, o Corredor Bioceânico Central e explicar a importância dessa rota rodoviária para a América do Sul.

O corredor terá 2.472 quilômetros e vai ligar Porto Alegre ao Porto de Coquimbo, no Norte do Chile, passando pelas províncias argentinas de San Juan, La Rioja, Córdoba, Santa Fé, Entre Rios e Corrientes. No estado, a rota ingressa pela Fronteira Oeste e avança pela BR-290. "Essa ligação abrange cerca de 25 milhões de pessoas, e permitirá ao Rio Grande do Sul intensificar as relações comerciais com o Chile, atualmente pouco expressivas em razão das dificuldades logísticas", avalia Sandra Schafer, diretora de Fomento à Exportação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect).

Para que o Corredor Bioceânico Central se torne realidade, falta apenas a construção do Túnel de Água Negra, entre o Chile e a Argentina, sob a Cordilheira dos Andes. Ao custo de 1,5 bilhão de dólares, a obra estimada em cinco anos será financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A próxima etapa da licitação acontecerá em outubro.

O seminário gaúcho, com data a ser agendada, deve contar com a presença do ex-presidente do Chile e atual embaixador em missão especial para Ásia-Pacífico, Eduardo Frei Ruiz Tagle, e do intendente regional da região de Coquimbo, Claudio Ibáñez. Ambos estavam presentes no evento da última semana, no qual empresários e outros participantes também puderam conhecer as potencialidades do Rio Grande do Sul, por meio de vídeos e materiais impressos do programa de atração de investimentos InvestRS, coordenador pela Sdect.


Texto: Ascom Sdect
Edição: Denise Camargo/Secom