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Cuidados simples ajudam a prevenir doenças respiratórias no inverno

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Cuidados simples, como evitar o contato com pessoas gripadas ou a circulação em ambientes fechados, com grande concentração de pessoas, ajudam a prevenir as doenças respiratórias, especialmente no inverno. Das infecções virais, a mais importante é a provocada pelo vírus da influenza, ou gripe. As pessoas com 60 anos ou mais portadoras de doenças crônicas são as mais atingidas por complicações de doenças respiratórias. “Embora a transmissão das viroses respiratórias ocorram pela respiração, existe a possibilidade desta infecção ocorrer por contato direto”, ensina o pneumologista da Secretaria da Saúde, César Espina. O vírus da gripe permanece vivo no meio ambiente por algum tempo. Quando uma pessoa infectada por ele tosse ou espirra, elimina gotículas que contêm o vírus, e este pode se depositar em superfícies porosas, em móveis e em corrimão de escadas, entre outros. As pessoas não doentes podem se contaminar com o vírus ao tocar nestas superfícies, levando a mão à boca, nariz e olhos. A orientação é de que as pessoas tenham higiene das mãos, lavando-as ao chegar em casa ou após contato com outras pessoas; e as crianças, ao chegarem da escola. Prevenção “As mudanças bruscas de temperatura corporal podem retardar os mecanismos de defesa do aparelho respiratório, propiciando a entrada do vírus no organismo. Para evitar que isso aconteça, é importante não perder calor pelas extremidades, protegendo-se nos pés, mãos e cabeça, com o uso de luvas, meias e gorros. As pessoas que costumam lavar o cabelo pela manhã, devem secá-lo antes de sair, evitando que a umidade do couro cabeludo propicie a perda de calor. Uma boa alimentação e hidratação também propiciam maior resistência do organismo às doenças”, conclui Espina. No Rio Grande do Sul, as internações hospitalares por infecções respiratórias aumentam nos meses de inverno. Em 2006, aproximadamente 30 mil crianças foram internadas no Estado por esta causa, 80% delas de junho a agosto; entre os idosos com 60 anos ou mais, foram 14 mil internações, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. As doenças respiratórias representam a segunda causa de internação, perdendo apenas para parto, e têm como principais causas a pneumonia, a asma e as doenças obstrutivas crônicas (bronquite e enfisema pulmonar). No inverno, aumenta a incidência de doenças respiratórias devido a maior incidência de infecções virais, explica Espina, “e, pelo fato de poder ser prevenida e tratada, os cuidados preventivos são fundamentais”. Vacina A única forma comprovadamente eficaz de prevenir as complicações decorrentes da infecção pelo vírus da gripe é a vacina contra a doença, oferecida na rede pública para pessoas com 60 anos ou mais. Em 1999 foi implantado no Estado o programa de vacinação anti-influenza voltado para essa população. A mortalidade e as internações por pneumonia, que desde a década de 70 vinham apresentando significativo crescimento entre as pessoas nesta faixa etária no RS, passaram a mostrar uma tendência decrescente a partir daquele ano. A campanha deste ano foi prorrogada até o próximo dia 18 de maio e já imunizou até esta quinta-feira (10) 809.190 idosos, o que representa 70,52% da cobertura total de pessoas com 60 anos ou mais do Rio Grande do Sul. Cuidados com as crianças As mães ou cuidadores devem estar atentos aos cuidados para prevenir as doenças respiratórias em crianças. Os bebês devem ser, de preferência, amamentados ao peito. O aleitamento materno transmite defesas, reforçando o sistema imunológico do bebê. Outra dica é manter o calendário de vacinação da criança em dia e mantê-la agasalhada adequadamente, lembra Werner Fetzner, pediatra da Seção da Criança e do Adolescente da Secretaria da Saúde. Os cuidados ambientais a serem observados são os seguintes: evitar o fumo em ambientes freqüentados por crianças, assim como qualquer tipo de fumaça, pois é fonte de irritação das vias respiratórias. ”Filhos de pais fumantes adoecem com mais freqüência por doenças respiratórias”, diz Werner. Os sinais para reconhecer a doença respiratória grave em crianças, além dos já conhecidos – febre, tosse, espirro e coriza – são: respiração mais rápida e difícil que o normal, indisposição para comer ou beber e prostração (mal estar geral). Diante desses sintomas, um posto de saúde deve ser procurado.
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