O gaúcho na obra de Erico Verissimo foi o tema da palestra proferida na manhã desta segunda-feira (11/8) pelo Vice-governador do Estado, no Galpão do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), no Parque Harmonia. O evento fez parte do Curso de Tradicionalismo, realizado pela Prefeitura de Porto Alegre, através da Coordenação de Tradição e Folclore, em parceria com o Governo do Estado, através do IGTF. Participam professores da rede estadual e municipal, patrões de CTGs e estudiosos do tradicionalismo gaúcho. Conforme o presidente Nei Machado, da Coordenação de Tradição e Folclore, o curso é realizado durante um ano, sempre às segundas-feiras, das 9h30min às 11h30min, com um palestrante diferente. Aproveitamos a Semana Farroupilha para realizar a palestra de hoje no próprio Acampamento, destacou Nei. Já participaram como palestrantes escritores e intelectuais ligados ao tema como Paixão Cortes, Nico Fagundes, Jarbas Lima, entre outros. Desde o ano passado, as entidades que participam do Acampamento Farroupilha apresentam projetos culturais sobre chimarrão, culinária, cavalo, literatura, faca, indumentária, jogos, danças, cancioneiro e culto ao Rio Grande do Sul. Todos as atividades são realizadas nos próprios piquetes. Neste ano, os alunos do Curso de Tradicionalismo foram recrutados voluntariamente para atuar como agentes junto aos piquetes que estão acampados no Parque, acompanhando os projetos que versam sobre o tema, explicou Nei Machado. Em sua explanação o Vice-governador fez um paralelo entre o poema Martín Fierro, do argentino José Hernández, de 1872, uma celebração da bravura do gaúcho, do homem solitário do pampa em suas lutas pela sobrevivência; o romance Dom Segundo Sombra, de Ricardo Güiraldes, romancista, poeta e contista argentino, lançado em 1926, considerado um dos maiores clássicos da literatura Argentina e latino-americana e um verdadeiro resumo da vida dos homens do pampa; e a trilogia O Tempo e o Vento, do gaúcho Erico Verissimo, uma das obras de maior peso em nossa literatura e que traça a saga da formação do povo rio-grandense, desde suas origens remotas, no século XVIII, até o ano de 1946. O movimento tradicionalista eterniza a mística campeira, representando uma exposição viva de nossa história e identidade cultural, observou o Vice-governador.